Primeira entrega de doações que mobilizou estudantes, funcionários, comunidade externa e parceiros totalizou mais de 4,7 toneladas de donativos e mais de 17 mil litros de água nos campi de Prudente, Jaú e Guarujá

Mais de 30 pessoas se voluntariaram no campus 2 para ajudar no carregamento do caminhão que levou donativos para os Correios (Foto: Emerson Sanchez)

Numa semana em que a empatia, o amor ao próximo e a solidariedade se mostraram qualidades acentuadas dos brasileiros – por conta das enchentes que deixaram milhares de desabrigados em Rio Grande do Sul –, a Unoeste enquanto Instituição de Ensino Superior (IES) socialmente responsável mostrou força, comprometimento e muita organização nessa corrente do bem e já está destinando donativos neste fim de semana. Por meio do Programa Unoeste Cuida, a universidade se tornou ponto para o recebimento de doações nos campi de Prudente, Jaú e Guarujá. E nessa primeira semana recebeu mais de 4,7 toneladas de itens de necessidades básicas, entre alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, cobertores, roupas de cama, produtos de higiene pessoal e produtos de higiene doméstica, além de mais de 17 mil litros de água mineral.

A Campanha Unoeste SOS Rio Grande do Sul tem continuidade em todos os campi. Em Prudente, os donativos que chegaram aos campi 1 e 2 nesta primeira semana foram doados por estudantes, funcionários, comunidade externa e parceiros. O mesmo tem ocorrido nos campi de Jaú e Guarujá. Nesta sexta-feira (10), a primeira leva de doações recebida em Prudente, começou a ser transportada para seu destino final. No campus 2, eram tantas doações que foi preciso mais de 30 pessoas para carregar o caminhão que levou todas as doações a uma agência dos Correios que é parceiro nessa corrente do bem. Já toda a quantidade que foi recebida no campus 1 foi colocada em várias camionetes que levaram toda a quantidade até uma carreta da Stetsom que está com destino para Porto Alegre, em parceria com a Marfrig e Rotary.

Vários itens de necessidades básicas, a exemplo de água mineral, produtos de higiene pessoal, alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, cobertores, roupas de cama e produtos veterinários como ração e medicamentos encheram o caminhão. Itens de limpeza e higiene que foram produzidos pela equipe do Laboratório de Produção de Domissaneantes do campus 2, a exemplo de álcool em gel, sabonete líquido glicerinado, desinfetante germicida e detergente, também foram destinados nessa primeira leva.

A união faz a força

Entre os ajudantes que não mediram esforços para transportar tudo isso para o caminhão estava o vigilante Rodolfo Henrique Moreno, que mesmo em horário de folga se prontificou em estar ali. “Estou aqui na condição de voluntário para ajudar ao próximo. Se cada um se doar um pouquinho, daremos um conforto maior para quem está lá precisando. E como a Unoeste tomou a frente e trabalho aqui, como voluntário me senti na obrigação de estar ajudando, fazendo a minha parte”, disse, em tom de satisfação.

O sentimento era o mesmo compartilhado pelo Divino Eustáquio da Silva Leal, que trabalha na Unoeste há 14 anos e também ajudava no carregamento das doações no campus 2. “É um sentimento que não tem explicação, eu queria poder muito ajudar o pessoal que está precisando nessa campanha e estou conseguindo fazer isso com o meu trabalho. Minha ajuda aqui é de coração”.

Empatia ao próximo

Alunos do curso de Agronomia, Jefferson Fernando Alves Cavalcante (7º termo) e Guilherme Molina Alves dos Santos (3º termo) estavam nos quiosques do campus 2 quando viram a movimentação em frente ao Bloco B2. De forma espontânea, eles deixaram os quiosques e se somaram ao time de voluntários. “Vimos que estavam precisando de ajuda e sabemos que a situação lá no Rio Grande do Sul está bem precária. E como a gente não tem muito o que fazer de longe, o mínimo que podemos fazer é ajudar. Viemos ajudar de bom coração mesmo”, disse Jefferson. “Só de ajudar ao próximo isso já nos deixa bastante feliz. E toda essa união de esforços faz toda a diferença”, complementou Guilherme.

No campus 1, a aluna do 8º termo de Medicina Júlia Galdino Ferreira fez o mesmo. Viu a movimentação e fez questão de participar do cordão humano que se formou no Palácio de Esportes para carregar as caminhonetes. “De longe, a gente se sente muito impotente diante de uma situação dessa, então estando aqui eu achei que seria uma forma de poder contribuir. Vim junto com uma amiga que também pensa o mesmo já que é uma situação muito triste ver o que o pessoal está passando lá no Rio Grande do Sul. Eles perderam tudo, não têm coisas básicas do dia a dia. É muito difícil e esse é o pouco que posso fazer”, argumentou ela.

A cantora Lorena Cristine usou suas redes sociais para mobilizar a todos na corrente do bem: “O pessoal doou de um real a 10 mil reais” (Foto: Emerson Sanchez)

Artista comprometida

Um dos grandes nomes que muito contribuiu para a grande quantidade de doações nesta primeira semana foi a cantora prudentina Lorena Cristine. Assim que soube da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul usou suas redes sociais, onde tem mais de 110 mil seguidores só no Instagram, para mobilizar a todos nessa corrente do bem em prol do próximo.

“Eu já fui muito ajudada na vida, muito ajudada mesmo. Para chegar onde eu cheguei muitas pessoas me ajudaram. E quando acontece coisas assim [catástrofe no Rio Grande do Sul], nós que já fomos ajudados sentimos a necessidade e a obrigação de também ajudar. É por isso que eu mobilizei as pessoas pelas minhas redes sociais. Eu juro que não esperava números tão positivos. A gente conseguiu doar 1.967 fardos de água e 1.305 cobertores que foi o que eu foquei por serem itens de extrema necessidade. Fora isso a gente tentou divulgar ao máximo a Unoeste como ponto de coleta porque a gente sabe que é uma instituição que tem credibilidade e que daria um respaldo tremendo nas arrecadações, e realmente deu”, contou ela.

Lorena Cristine reforçou que vai continuar empenhada nas arrecadações tendo em vista os resultados já alcançados nesta primeira semana. “Vamos cada vez mais arrecadar para mandar para os nossos irmãos que estão precisando. Eu faço publicidades nas minhas redes, e para amigos empresários eu falava que qualquer doação que você fizer eu faço publicidade grátis da sua empresa, como se fosse uma moeda de troca mesmo em prol do próximo. Mas essa vontade de ajudar também tocou eles e nem essas divulgações pra eles precisei fazer. E aí então muitas empresas nos ajudaram e pessoas comuns também, teve até uma mulher de Curitiba que me ligou se prontificando a ajudar porque estava vendo nosso esforço. O pessoal doou de um real a 10 mil reais, todo mundo querendo ajudar a gente nessa frente”, revelou a cantora prudentina que também esteve no campus 1 nesta sexta para ajudar no carregamento dos donativos.

Voluntários em ação

Além dos donativos que não param de chegar nos campi da Unoeste, os egressos da Faculdade de Medicina Gabriel e Bruna Carapeba também seguiram viagem para o Rio Grande do Sul essa semana com muitas doações de medicamentos. Os dois são médicos e Gabriel foi diretor das Faculdades de Medicina da Unoeste.

Unoeste SOS Rio Grande do Sul

A Campanha Unoeste SOS Rio Grande do Sul vai continuar em todos os campi da universidade. Portanto, eles continuarão sendo pontos de arrecadação das doações. Em Prudente, elas seguem sendo recebidas no Bloco A do campus 1, e no Bloco B3 do campus 2. Em Jaú e Guarujá nas entradas principais dos campi.