Participantes produzirão filmes de maneira autônoma, assumindo o protagonismo de suas narrativas caiçaras, indígenas e quilombolas

Luz, câmera, ação: O projeto Ciclo de Cultura Tradicional estreia nesta sexta-feira (22) na Aldeia Paranapuã (Av. Saturnino de Brito, 1927 - Parque Prainha), em São Vicente, e acontece até o dia 30 de março, em dois turnos, das 08h às 12h e das 14h às 16h. O projeto visa ensinar técnicas de audiovisual, as quais os participantes produzirão suas curta-metragens autorais durante os encontros.

O projeto é ofertado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poiesis, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Vicente, através da Secretaria de Cultura (Secult).

A atividade tem como objetivo ensinar técnicas de audiovisual, estimular o desenvolvimento de uma linguagem própria e compartilhar ferramentas de edição de vídeo. Os ensinos aplicados resultarão em um documentário de curta-metragem. O intuito é que os participantes realizem filmes de maneira autônoma, assumindo o protagonismo de suas narrativas caiçaras, indígenas e quilombolas.

A atividade na Cidade será ministrada pelo cineasta da etnia Guarani Nhandewa, mestre em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Alberto Alvares, com coordenação pedagógica do projeto Vídeo nas Aldeias. Alvares atua como professor e tradutor de Guarani, ministrando cursos de formação de cineastas indígenas. Até hoje, produziu mais de 20 documentários, entre eles “Kara’i Ha’egui Kunha Karai ‘Ete – Os verdadeiros líderes espirituais” (2014), “O último sonho” (2019) e “Guardiões da memória”, exibido na 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, em 2020. Por seus filmes, já ganhou prêmios como o Forumdoc.bh e o Doclisboa.

A oficina é restrita aos moradores da Aldeia de Paranapuã, e a estreia dos curta-metragens criados durante as oficinas será no dia 30 de abril, no canal do YouTube das Oficinas Culturais. https://www.youtube.com/OficinasCulturaisdoEstadodeSaoPaulo, , em sessões comentadas pelos profissionais envolvidos na coordenação do projeto e das oficinas.

Vale destacar que é aconselhado a gravação por parte dos veículos de informação a partir do dia 26/03, a fim de respeitar o início do entrosamento entre os responsáveis pelas oficinas e os indígenas. Toda e qualquer solicitação deverá ser aprovada junto à equipe da Secretaria de Cultura responsável pelo Ciclo de Cultura Tradicional.

Ciclo de Cultura Tradicional (CCT)- promove um espaço contínuo de convivência e de compartilhamento de saberes entre mestres, lideranças, coletivos, fazedores, brincantes e fruidores de culturas tradicionais. Desde 2019, a cada edição o projeto convida diferentes realizadores audiovisuais para a criação de documentários de curta-metragem com histórias que traduzem as conexões entre tradição, território, identidade, memória e futuro.