A equipe da Seção de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde de Santos aplicará  inseticida contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana, pela primeira vez em 2023.


A ação será nesta quinta-feira (27), às 9h, no Centro Histórico, após o registro oficial de dois casos de dengue em pessoas que moram no mesmo domicílio, além de uma pessoa que manteve contato com elas e um quarto indivíduo que trabalha no entorno. O foco é interromper a circulação do vírus a partir da eliminação de mosquitos na fase adulta.


Seguindo os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e o rigor que envolve a aplicação desse tipo de produto, os agentes de combate a endemias estarão vestidos com roupa especial. A aplicação  será realizada dentro dos imóveis que ficam nas quadras do perímetro formado pelas ruas Itororó, João Pessoa, Riachuelo e Avenida São Francisco.


Nos últimos dias, os agentes percorreram estes locais fazendo o bloqueio de controle de criadouros. Como em um mutirão, removeram situações de risco para criadouros. Nesses trabalhos, 15 focos com larvas foram eliminados. Após essa fase preparatória, parte-se, então, para a nebulização, que é a aplicação do inseticida.


ÁREA DE RISCO
O uso de inseticida no combate ao mosquito Aedes aegypti é uma estratégia aplicada para um raio de extensão considerado de risco para a proliferação da doença a partir da picada do mosquito em pessoas adoentadas para ter mais eficácia.


“Com essa nebulização, atingimos o Aedes aegypti adulto. Esta estratégia é a adequada quando detectamos a circulação do vírus em determinada localidade, porém o mais importante é que todos colaborem para que o inseto nem chegue a completar o ciclo de vida. Na fase adulta do inseto é que ele transmite os vírus se tiver picado alguém contaminado anteriormente. Por isso, é essencial que a população elimine os criadouros onde as larvas se desenvolvem. Senão, em pouco tempo, teremos novos mosquitos voando e mais propagação das doenças. Todos precisam colaborar. A dengue pode matar”, alerta a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras. 


Como é feita a aplicação
O inseticida Cielo, fornecido pelo Ministério da Saúde, é aplicado pelos agentes a partir de um equipamento formado por um reservatório, carregado como se fosse uma mochila, e um bico aplicador, que permite a nebulização direcionada aos locais de maior risco de esconderijo do mosquito Aedes aegypti na fase adulta.


Os agentes recomendam que o morador e animais de estimação deixem a residência por 30 minutos para que não haja interferência entre os ocupantes do imóvel e as gotículas do produto em suspensão no ar.


Outros cuidados a serem tomados são: deixar portas e janelas abertas, guardar em local fechado ou manter cobertos alimentos, água e utensílios domésticos, e retirar roupas do varal. Bebedouros de animais, gaiolas de passarinhos e aquários têm de estar cobertos ou guardados em locais fechados.


Balanço
Em 2023, Santos registrou 26 casos de dengue e 10 de chikungunya.