Taxa de inadimplência em condomínios bate recordes e alcança média de 17% em 2022

Índice supera em 42% o registrado no ano anterior e perda de renda da população é um dos principais fatores para esse aumento

 

 

Os impactos na economia causados pela pandemia continuam refletindo nos condomínios. Um levantamento feito recentemente pela APSA mostrou que a taxa de inadimplência das cotas condominiais em 2022 superou significativamente os índices do ano anterior. Enquanto em 2021 a taxa média de inadimplência ficou em 12%, em 2022 esse índice alcançou 17% na média anual. O estudo foi feito com base nos mais de 2,7 mil condomínios que a APSA administra no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco.

 

Entre os principais motivos para esse aumento estão o empobrecimento da população, agravado nos últimos anos, e o aumento da taxa Selic, que saltou entre 2021 e 2022 de 2% para 13,75%, elevando os juros do mercado em geral e fazendo com que o pagamento das cotas condominiais, que têm juros simples a cerca de 1% ao mês, deixasse de ser prioridade para muitas famílias.

 

“A pandemia arrefeceu, mas a perda de renda e o endividamento das famílias continuam e isso se reflete diretamente na inadimplência das cotas condominiais. Outro fator que colabora para que isso aconteça é a questão dos juros, que é muito menor nas cotas quando comparamos aos do cartão de crédito, por exemplo. Então se a pessoa tiver que escolher entre quitar o cartão para poder comprar itens básicos ou pagar o condomínio, provavelmente vai ficar com a primeira opção”, ressalta o gerente de Negócios de Condomínios da APSA, João Marcelo Frey.

 

Outro ponto relevante é que durante a pandemia o número de cotas extras emitidas foi, de modo geral, reduzido, já que muitos condomínios seguraram obras, priorizando a redução de custos, e também não convocaram assembleias para esse tipo de deliberação. Com a melhora no cenário pandêmico, muitas obras foram retomadas, gerando, consequentemente, a emissão de cotas extras, o que pode vir colaborando para o aumento da inadimplência.

 

Outro ponto relevante reforçado no estudo feito pela APSA é a piora da situação financeira dos mais pobres nos últimos anos. A maior taxa de inadimplência verificada no ano passado - 25% - está concentrada nos condomínios cuja cota é de até R$ 500. “Essas são as pessoas que mais vêm sofrendo com desemprego e perda de renda e, por isso, a inadimplência acaba sendo mais alta entre essa parcela da população”, comenta João Marcelo.

 

Soluções que podem auxiliar síndicos e condôminos

 

Para facilitar os condôminos que estão em atraso, a APSA lançou uma facilidade em parceria com a Cielo que permite que seus clientes paguem suas cotas condominiais via cartão de crédito. O serviço vem ajudando a aliviar as despesas de muitas pessoas, já que a cobrança pode ser efetuada até 40 dias depois do vencimento. Somente em 2022, mais de 10 mil cotas foram pagas dessa forma.
 

“Percebemos que essa tem sido uma alternativa importante para muitas famílias em momentos em que estão com problemas no orçamento. Para se ter uma ideia, em dezembro de 2021, registramos 142 pagamentos via cartão de crédito. No mesmo período do ano passado, foram mais de 1.100”, conta João Marcelo.
 

Vale reforçar que a falta de pagamento das cotas compromete radicalmente o funcionamento das unidades, sejam elas de moradia ou comerciais, já que é com esse dinheiro que os síndicos e gestores pagam os salários dos funcionários, limpeza, segurança, água e energia.
 

Outro serviço que vem atraindo síndicos em busca de soluções para melhorar a saúde financeira de seus condomínios é o novo modelo de gestão criado pela APSA, que garante, sem custo adicional, 100% da receita no dia do vencimento das cotas e assume a dívida e a cobrança extrajudicial das unidades em atraso.
 

A síndica Alda Cristina Barros administra nove condomínios junto à APSA e destaca as vantagens da novidade. “Esse modelo dá ao síndico a estabilidade financeira que é tão necessária para uma boa gestão. Dessa forma, conseguimos fazer a previsão orçamentária e organizar melhor o que precisa ser providenciado, como obras e reformas. Como exemplo, posso citar uma unidade que administro no Recreio dos Bandeirantes e que tinha uma dívida de R$ 30 mil. Com a contratação do serviço e a entrada desse valor em caixa, conseguimos fazer as melhorias necessárias no prédio. É uma solução fantástica que tem nos ajudado muito”.
 

Também pensando nos síndicos que estão passando por dificuldades na administração de seus condomínios, a APSA lançou o e-book “Como recuperar a saúde financeira do seu condomínio?”. O material pode ser baixado gratuitamente por qualquer pessoa e conta com dicas e informações sobre orçamento, custos com pessoal, inadimplência, redução de custos e as principais soluções que a APSA oferece para ajudar seus clientes a implementar uma boa gestão condominial.

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"Sabemos que administrar um condomínio não é tarefa fácil e a situação tende a ficar ainda mais complicada quando o fluxo de caixa do edifício está reduzido. Por outro lado, moradores estão cada vez mais interessados nas decisões coletivas dos condomínios, contribuindo para uma gestão participativa. Por isso, desenvolvemos esse e-book que pode ajudar na gestão eficiente e financeiramente saudável, reunindo as melhores soluções para que síndicos e moradores, tenham mais conhecimento sobre o assunto e saibam como providenciar melhorias para viver bem. Incluímos conceitos fundamentais para o planejamento financeiro e exemplos práticos de soluções que já estão sendo aplicadas por muitos síndicos em suas gestões", reforça João Marcelo.
 

Sobre a Apsa - Criada em 1931, a Apsa é referência e uma das maiores empresas do Brasil em soluções para o viver bem em propriedades urbanas. Líder no mercado nacional de administração de condomínios, conta com uma carteira de mais de 100 mil imóveis distribuídos em mais de 2,7 mil condomínios. Em locação, são cerca de 9 mil imóveis administrados. A Apsa também atua com compra e venda de imóveis. É a primeira administradora nacional digital, além de possuir rede de atendimento espalhada por várias capitais do país - Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Maceió.