Em entrevista, João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto explica, entre outros assuntos, por que a reforma do ensino médio deve seguir com agilidade e o que esperar do novo governo 

Isabelle Barone

20/01/2019 18:27


“É preciso selecionar pessoas de mais talento e bagagem intelectual para a carreira de professor”, defende João Batista| Foto: Pixabay

O enorme contingente de alunos abaixo do nível aceitável, acompanhado de preocupantes índices de analfabetos absolutos e funcionais no Brasil, na verdade, não são culpa (apenas) da má qualidade de formação que algumas universidades oferecem aos futuros professores ou de escolas com péssima gestão. “O buraco é bem mais embaixo”, lamenta João Batista Araujo e Oliveira, Ph.D. em Pesquisa Educacional pela Universidade do Estado da Flórida (1973) e presidente do Instituto Alfa e Beto.  A organização realizou uma pesquisa, publicada em 2016, em que mostrou o perfil de grande parte dos alunos dos cursos de Pedagogia no Brasil, sendo que a maioria desses estudantes obteve notas no Enem menores que a da média nacional.