Universidade apresentou para autoridades projetos de pesquisa sobre o impacto da poluição atmosférica na população da cidade
Durante a conferência, dois projetos de pesquisa desenvolvidos na Unoeste Guarujá foram apresentados as autoridades da cidade, entre elas o prefeito de Guarujá (Foto: Gabriel Marques)
A Unoeste esteve presente na Conferência Municipal de Meio Ambiente 2022, realizada nessa quarta-feira (14). Autoridades e especialistas de todo o país trouxeram experiências e debateram sobre assuntos como gestão de resíduos, mudanças climáticas, unidades de conservação ambiental, economia circular, entre outros.
Acadêmicos e docentes da Unoeste levaram dois projetos de pesquisa para apresentar aos participantes e às autoridades da cidade. Ambos estão investigando o impacto da poluição atmosférica gerada pelo Porto de Santos, comparando o bairro do Perequê, que fica a 15km do complexo portuário, com as regiões do Jardim Conceiçãozinha e Jardim Boa Esperança, que convivem não apenas com a contaminação do porto, mas também com a poluição provocada pelo tráfego intenso de caminhões pesados que circulam na Rua do Adubo. Em uma delas, a pesquisa analisa crianças e idosos, enquanto a outra dá prioridade ao impacto em gestantes e em bebês.
A acadêmica do 4º termo de Medicina, Gabrielly Cristina Mattos da Silva, reforçou que a troca de conhecimentos feita ao longo do ciclo de palestras e durante as conversas foi importante para ampliar os horizontes. “A conferência foi uma experiência que nos permitiu expor nosso projeto para diversas entidades que são referência na pauta do meio ambiente de Guarujá, bem como para a população da cidade que também estava presente”, conta.
Também aluna do 4º termo de Medicina, Isabella Fernanda Sobral Valverde de Souza destacou a importância de conhecer e deliberar sobre as questões ambientais de Guarujá. “Compreender o impacto desse empreendimento portuário na saúde da população de risco permite que se planeje políticas públicas para mitigar os efeitos dessas externalidades. Além disso, o projeto é pioneiro ao investigar a associação de poluição atmosférica portuária e desfechos maternos fetais desfavoráveis”, relata.
A docente da Unoeste e orientadora das pesquisas, Marceli Rocha Leite, pontuou que a ideia do projeto é avaliar justamente as populações de risco: idosos, crianças e gestantes; e, por consequência, avaliar o efeito de toda essa poluição na saúde das pessoas. “É um trabalho que vai trazer um impacto muito grande para essa população. Dependendo dos nossos resultados, a gente pode mudar a realidade dessas pessoas. Então, a ideia inicialmente é demonstrar se existe mesmo esse prejuízo na saúde destas pessoas e depois pensarmos em implementar políticas públicas a respeito disso”, aponta.