Por Agência Brasil - São Paulo

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Ao menos 867 pessoas, entre assentados da reforma agrária, caiçaras, quilombolas e indígenas, serão beneficiadas pelo Projeto Inclusão Político-Eleitoral, iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) voltada a promover a educação eleitoral e facilitar o voto no dia 2 de outubro, primeiro turno das eleições, de eleitoras e eleitores residentes em localidades isoladas.

Segundo o TRE-SP, para viabilizar o voto desses eleitores foram criadas seções eleitorais para evitar deslocamentos até os locais de votação. O projeto incluiu ainda rodas de conversa sobre o processo eleitoral e cidadania, melhorias do transporte no dia da votação e atendimento itinerante com alistamento, revisão, transferência de seção e regularização de multas.

De acordo com o presidente do TRE-SP, desembargador Paulo Galizia, existe a percepção de que algumas pessoas estão à margem do processo eleitoral e o projeto permite aumentar a inclusão dessas eleitoras e eleitores. “O nosso objetivo é que essas populações tenham representatividade”, disse.

O TRE-SP informou que o cronograma do projeto prevê ampliar sua área de atuação para 39 terras indígenas, 72 quilombos e 140 assentamentos até as eleições de 2028. “A ideia é que, a partir de 2023, a gente vá mapeando mais comunidades tradicionais, tendo um alcance maior, até permitir o exercício da cidadania a todos os eleitores do estado”, disse o diretor-geral do TRE-SP, Claucio Correa.

O projeto começou com a identificação dos assentamentos, povos e comunidades tradicionais no estado. Em seguida, foi feito o mapeamento das localidades, por meio de análise estatística e cruzamento com dados de localização das zonas, postos e pontos eleitorais e locais de votação, de forma a criar um mapa dinâmico para orientar as estratégias e ações do projeto.