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Zelensky reitera importância da AIEA em Zaporizhzia

por Andreia Martins - RTP
Reuters

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, garantiu na quinta-feira que os peritos vão permanecer na central nuclear. A equipa de investigadores chegou às instalações depois de várias horas de atraso devido a bombardeamentos e atividades militares pelos quais Kiev e Moscovo se acusam mutuamente.

“Não vamos a lado nenhum. A AIEA está lá e não vai retirar-se. Vai ficar aqui”, afirmou o diretor-geral aos repórteres ao fim do primeiro dia de missão.

A central nuclear de Zaporizhia tem sido um dos focos de tensão na guerra em curso na Ucrânia. Esta missão de alto risco da Agência Internacional de Energia Atómica conta com 14 peritos e tem como objetivo evitar um desastre nuclear num local onde russos e ucranianos se acusam mutuamente de bombardeamentos.

Grossi fez um balanço positivo das primeiras horas da missão enviada a Zaporizhia. “Conseguimos, durante estas poucas horas, reunir muitas informações. Vi as coisas principais que precisava de ver”, disse o diretor-geral.

"Fizemos uma avaliação inicial. Vimos o trabalho dedicado dos funcionários e da direção. Apesar das circunstâncias muito, muito difíceis, eles continuam a trabalhar com profissionalismo", acrescentou Rafael Grossi.

De acordo com Rafael Grossi, parte da equipa de investigadores ficou nas instalações da central nuclear. O diretor-geral da AIEA prometeu que os peritos irão procurar fazer uma avaliação neutra e imparcial sobre a situação na central nuclear.

Entretanto, durante a manhã, a agência russa RIA Novosti adianta que dois inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica vão ficar de forma permanente na central nuclear de Zaporizhia.

A agência cita o embaixador russo junto das instituições internacionais em Viena, onde fica localizada a sede da AIEA.

Há várias semanas que Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente de colocarem em risco a central nuclear, que é a maior da Europa e que está sob controlo das tropas russas desde março, nas primeiras semanas da invasão russa.

“Preocupo-me e vou continuar a estar preocupado com a central até que tenhamos uma situação mais estável e previsível”, acrescentou o diretor-geral.

Na declaração diária em vídeo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deu as boas-vindas à missão da Agência Internacional de Energia Atómica, mas pediu uma ação célere por parte dos inspetores.

Zelensky reconheceu o sinal positivo de uma primeira inspeção bem-sucedida "apesar das provocações dos militares russos", mas considerou que a AIEA ainda não fez as exigências “apropriadas”.

Numa reunião esta semana com o diretor-geral daquela agência da ONU, o presidente ucraniano indicou que ambos concordaram “claramente” quanto à necessidade de “desmilitarização e controlo total” de Zaporizhia por parte de especialistas nucleares ucranianos.

Já esta sexta-feira, o presidente ucraniano considerou que a missão da AEIA ainda poderá “ter um papel importante a desempenhar” mesmo com as dificuldades levantadas pelas forças russas.

No entanto, a agência nuclear ucraniana, Energoatom, considerou esta sexta-feira que será difícil uma avaliação “imparcial” da central nuclear devido à interferência russa.

De acordo com a Energoatom, a missão da Agência Internacional de Energia Atómica não obteve autorização para aceder aos locais mais críticos da central.