O Sesc São Paulo realiza nova edição do Boca, pra que te quero? em 29 unidades do Sesc São Paulo. Palestras, bate-papos, oficinas, podcasts, vivências e apresentações musicais abordam as funções sociais que tornam a boca tão importante para o desenvolvimento de saberes e subjetividades.
 

Na região metropolitana: Guarulhos e Santo André.

No interior e litoral: Bauru, Bertioga, Birigui, Campinas, Catanduva, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Santos, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté.
Na capital: Campo Limpo, Consolação, Florêncio de Abreu, Interlagos, Ipiranga, Pompeia, Pinheiros, Santana, Santo Amaro e Vila Mariana.

Grátis.

Programação completa: clique aqui


Nova edição do Boca, pra que te quero?, que aborda a saúde bucal de uma forma diferente, visa refletir sobre as funções sociais da boca a partir da bucalidade e as relações humanas. Pesquisadores, artistas e especialistas de diversas áreas reúnem-se em palestras, bate-papos, oficinas, podcasts, vivências e apresentações musicais. Quase toda a programação é presencial, gratuita - exceto uma atividade - e aberta ao público. A série de ações educativas acontece em setembro, em 29 unidades do Sesc no estado.
 

Palestras, bate-papos, oficinas, podcasts, vivências e apresentações musicais abordam as funções sociais que tornam a boca tão importante para o desenvolvimento de saberes e subjetividades

 

As primeiras experiências de um ser humano começam pela boca: chorar, beber leite, aspirar e expelir o ar. A boca sempre está em movimento ao longo da vida. Mas ela é muito mais do que sua estrutura física. Observar as sensações de prazer e a comunicação pela boca, cuidar da saúde bucal e devorar o mundo, são temas da quinta edição do Boca, pra que te quero?, promovido pelo Sesc São Paulo entre 01 e 11 de setembro. Serão quase 50 ações educativas de estímulo à reflexão sobre a saúde bucal e o autocuidado para além dos dentes, língua e saliva, considerando o desenvolvimento do ser humano em sociedade e a sua relação com o próprio corpo e a boca.
 

Atraídos pela relevância da discussão, este ano a programação reúne acadêmicos, do Brasil e exterior. Dentistas, filósofos, psicanalistas, pesquisadores, historiadores e educadores, alguns deles ligados a importantes instituições de ensino do país. Profissionais das artes e representantes de movimentos sociais também estão na programação. Destaque para o doutor em saúde coletiva Carlos Botazzo, autor do conceito Bucalidade, o professor André Martins da UFRJ, e o médico Hugo Spinelli da Universidade Nacional de Lanús, de Buenos Aires, na Argentina. E, ainda, o ator Eduardo Mossri e a cantora Fabiana Cozza realizam atividades.

 

Com base no conceito de bucalidade, o projeto Boca, pra que te quero? do Sesc São Paulo visa abordar as funções sociais que tornam essa parte do corpo tão importante para o desenvolvimento de saberes e subjetividades. E com o intuito de provocar uma reflexão sobre a boca enquanto local de experiências e chamar a atenção para a saúde integral a partir da bucal, o Sesc realiza mais uma série de ações educativas, entre palestras, bate-papos, oficinas e vivências, e ainda edições de podcast e apresentações musicais. A programação - em sua maior parte gratuita - é voltada a todos os públicos e idades e acontece em 29 unidades do Sesc no estado, entre capital, região metropolitana, interior e litoral. Algumas atividades são apenas on-line.

 

Território de conexões
 

Esta quinta edição do projeto parte da ideia de Boca enquanto um território capaz de conectar o sujeito com o mundo. Para além das estruturas físicas que a delimitam e limitam, a boca funciona como um portal. Faz parte de um todo, mas é protagonista nos primeiros contatos do ser humano com o mundo à sua volta. É o território capaz de unir o mundo exterior (experiências, cultura e relações sociais) com o ser interior (desejos, vontades e pulsão de vida). E dessa relação experiências versus desejos é que se forma o sujeito e o seu modo de ser e estar no mundo.

 

Muito mais que uma boca saudável

 

A saúde bucal significa, antes de mais nada, ter uma boca capaz de realizar seus trabalhos, ou seja, as funções sociais que tornam a boca uma parte tão importante para o desenvolvimento do corpo enquanto um território de saberes e subjetividades. Mas, a capacidade de realizar esses trabalhos, divididos entre manducação, linguagem e erotismo, de acordo com o conceito de Bucalidade, não garantem saúde bucal.

 

A manducação - ato de mastigar -, por exemplo, pode proporcionar prazer e hábitos saudáveis na mesma proporção em que pode proporcionar distúrbios alimentares, de acordo com as experiências e vivências de cada sujeito. Assim como a linguagem pode ser um trabalho libertador e ferir ao mesmo tempo. Para produzir saúde bucal então é necessário desenvolver um pensamento crítico para que o sujeito seja capaz de fazer boas escolhas.

 

E é justamente nesse ponto que o projeto estimula a reflexão e o autoconhecimento. O nome do projeto “Boca, pra que te quero?” faz um convite a essa reflexão, uma provocação para que os participantes pensem sobre os desejos e anseios a respeito das funções sociais da boca. Muito mais do que mudar um hábito, produzir saúde bucal é um processo de identificação desse querer para que as escolhas sejam conscientes.

 

Destaques da programação

 

Na capital e Grande São Paulo

Sesc Pinheiros 
(Abertura)
“Boca -- território de experiências e subjetividades”
Com André Martins (filósofo e psicanalista -- UFRJ), Hugo Spinelli (Médico, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Nacional de Lanus -- Buenos Ayres) e Elizabethe Cristina Fagundes de Souza (UFRN). Apresentação: Renata Visconti (Dentista Sesc Pinheiros). Mediação: Fábia Lopez Uccelli dos Santos -- Dentista, Assistente da Gerência de Saúde e Odontologia do Sesc São Paulo.

O evento traz uma discussão a respeito da importância da boca e os trabalhos que ela desempenha na construção da saúde corporal e da identidade dos sujeitos enquanto corpos-território de experiências, culturas, memórias e subjetividades que podem ser determinantes de saúde e qualidade de vida.

André Martins, professor, filósofo e psicanalista (UFRJ) inicia o debate com uma discussão sobre a importância dos afetos (do querer) para a saúde, na sequência o professor Hugo Spinelli (Faculdade de Lanus/Buenos Ayres) traz sua visão sobre a importância da formação da identidade e das subjetividades na relação com esses afetos e, para fechar a discussão Elizabethe Cristina Fagundes de Souza (UFRN) aborda a boca enquanto um território de experimentação para o corpo e, portanto, a porta de entrada de muitos desses afetos

Quando: 31/8, quarta-feira, das 19h às 21h

Local: Auditório - Sala de Atividades, 3º Andar

 

Sesc Ipiranga
espetáculo - Cartas Libanesas

Em 2009, o ator Eduardo Mossri encontrou as cartas que sua avó recebia do seu avô, imigrante libanês, que tentava ganhar a vida no Brasil no início do século XX. Eduardo levou essas cartas para José Eduardo Vendramini, que também tem descendência libanesa. Além das cartas, Vendramini pesquisou relatos verídicos de imigrantes libaneses no Brasil para construir o monólogo que conta a vida do personagem Miguel, que leva o mesmo nome do avô do autor.
Cartas Libanesas teve sua estreia em 2015, no Sesc Ipiranga. No mesmo ano, participou do 4º Festib (Festival de Teatro de Ibirá), onde recebeu sete prêmios, incluindo os de melhor espetáculo, melhor diretor e melhor ator. Mossri também levou o espetáculo para o 15º FIT (Festival Internacional de São José do Rio Preto). Além disso, participou do Circuito Tusp 2015, com apresentações em Piracicaba, São Carlos, Ribeirão Preto e Bauru. Em 2016 e 2017, respectivamente, participou como convidado da Abertura do10° Festival Internacional de Teatro doTanger/Marrocos, Théâtre Monnot de Beirute e na The Holy Spirit University of Kaslik -- Líbano.
Quando: 31/8, quarta, das 19h às 21h
Não recomendado para menores de 12 anos

 

Sesc Pompeia 

Bate-papo - Pelas encruzilhadas da boca 

Com Renato Noguera, Carlos Botazzo e mediação de Juliana Alves.
Bate-papo que abordará as intersecções e similaridades entre bucalidade e os saberes ancestrais da filosofia africana.

Renato Noguera possui formação familiar griot, escritor, doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), coordena pesquisas nas áreas de filosofia e educação e integra o Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFRRJ.

Carlos Botazzo é cirurgião-dentista, sanitarista; doutor em saúde coletiva; professor associado sênior, departamento de política, gestão e saúde, faculdade de saúde pública/USP.

Juliana Silva e Alves é uma mulher negra, paulista, odontopediatra, mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública e cirurgiã-dentista do Sesc São Paulo unidade Florêncio de Abreu desde 2000.

Quando: 6/9, terça, das 19h30 às 21h30

Atividade presencial com transmissão ao vivo pelo canal da unidade.

 

Sesc Florêncio de Abreu

Palestra -- Cantar como uma experiência ética 

Com Fabiana Cozza

Em "Cantar como uma experiência ética: a (escre)vivência da voz-tambor como proposta de estudo decolonial em canto popular", parte-se dos estudos decoloniais, da pedagogia de Paulo Freire e do pensamento empírico dos filósofos-artistas-sambistas. Fabiana compartilha o caminho de reflexões que vêm tecendo acerca da autonomia e da liberdade na voz e no cantar, a partir de um caminho metodológico que explora e investiga a subjetividade vocal na presença de tambores afro-diaspóricos.

Fabiana Cozza é uma artista negra brasileira, cantora, intérprete, professora e pesquisadora. Sua caminhada passa pelo teatro, dança e música. Jornalista, Mestra em Fonoaudiologia pela PUC-SP e Doutoranda do Instituto de Artes da Unicamp. Vencedora do Prêmio da Música Brasileira em 2012 e 2018.

Quando: 6/9, terça, das 19h às 20h30

Transmissão pelo canal do YouTube da unidade.
 

Sesc Guarulhos 

Palestra -- A importância do riso na vida de todos nós 

Com Claudio Thebas (SP)
Especialmente por conta da pandemia, os últimos anos foram difíceis. Recebemos muitas notícias tristes e muitos de nós perdemos amigos e familiares. É um longo tempo cumprindo o distanciamento social e utilizando máscaras de proteção. Neste encontro, Claudio Thebas nos ajuda a lembrar a importância do riso como forma de conexão e afeto.
Claudio Thebas é educador, escritor e fundamentalmente palhaço. É uma referência na educação da escuta como elo de conexão humana. Pós-graduado em Pedagogia da Cooperação e desenvolve vários projetos colaborativos no universo corporativo.

Quando: 8/9, quinta, das 19h30 às 21h30

 

Sesc Santana

Intervenção -- De Boca em Boca 

O QUE QUE O CACÁ QUÉ? CACÁ QUÉ CAQUI! QUE CAQUI QUE O CACÁ QUÉ? CACÁ QUÉ QUALQUÉ CAQUI! (TRAVA-LÍNGUA)

Comer, digerir, morder, degustar, lamber, mastigar, beber, soprar, sorrir, beijar, chorar, falar, gritar, esbravejar, cantar, fofocar, tocar instrumentos, criar e contar histórias, falar trava-línguas... Pensando nessas e outras funções da boca, órgão tão complexo nos seres humanos, e inspirados pelas manifestações de nossa cultura tradicional brasileira, propõe-se uma ocupação brincante e sensorial.

À boca miúda, o público será convidado a percorrer uma trajetória lúdico-sensorial numa ambiência pensada para fomentar a criação, o livre brincar, o degustar-se! Nessa ambiência, a boca e suas tantas possibilidades estará presente como estímulo criativo para brincadeiras e a construção de "máscaras de boca" - inspiradas na estética popular das folias de reis, do cavalo-marinho, do carnaval pernambucano: suas cores, seus materiais, suas formas. A máscara viva como elemento integrador da expressividade de quem a cria e veste. E será o brinquedo para se levar embora e fazer parte do espetáculo "Gestinho Sonoro: Brinquedo de Dançar", com o Babado de Chita, finalizando a experiência.

Quando: 11/9, domingo, das 14h às 16h

 

No interior e litoral

Sesc Catanduva
Intervenção - Um Bocado Di(verso)
Com o Grupo Matéria Rima
Por meio da cultura hip hop, a intervenção propõe despertar a consciência sobre os cuidados com a boca. Cantando histórias o público viajará pelo beatbox, speed flow, trava línguas e canto.
O grupo Matéria Rima, embora nascido da cultura Hip Hop, ganhou fôlego no berço da Educação. Fundado em 2002 pelo artista e MC Joul, o grupo é reconhecido por transformar as matérias curriculares e os temas da contemporaneidade em letras criativas para as suas músicas. Dessa forma, propagam ao mundo o poder transformador da Educação, sendo o Hip Hop o pretexto para a valorização do próprio corpo e o respeito ao próximo, a promoção da autoestima e a cultura de paz, sempre incentivando o hábito da leitura e dos estudos e desenvolvendo o gosto pela música, arte e dança.
Quando: 1 e 2/9, quinta e sexta, das 13h30 às 15h30, e das 15h30 às 17h30

Sesc Campinas 

Espetáculo - Salamaleque 

Com Valéria Arbex, da Cia Teatral Damasco

Entre pastas de grão de bico, água aromatizada e pão com zátar, Elizete recebe o público na cozinha da sua infância, no dia da sua celebração. Os espectadores, são conduzidos através da memória da personagem, convidados a sentar-se à mesa e compartilhar das histórias de vida, trazidas junto de aromas, cores e melodias. Após a apresentação haverá um bate-papo com a atriz. Duração completa: 90 minutos.

Quando: 2/9, sexta, das 20h às 21h30

 

Sesc Bauru 

Palestra - Boca enquanto território: saúde bucal, alimentação e movimentos sociais 

Com Roosevelt da Silva Bastos, do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva (FOB/USP) e Felipe Peixoto, camponês, assentado e militante do MST. Mediação de Fábia Uccelli, assistente técnica da Gerência de Saúde e Odontologia do Sesc SP

Partindo do conhecimento da boca que fala, come, deseja, expressa, reivindica e partilha saberes, este bate papo traz discussões sobre a saúde bucal na perspectiva de produtores agroecológicos moradores de um assentamento de Bauru e região.

Quando: 2/9, sexta, das 19h às 21h

Atividade presencial com transmissão ao vivo no YouTube do Sesc São Paulo.

 

Sesc Bertioga

Bate-papo -- A Palavra Alma ou Nhe'e Porã

Um dos principais elementos de reconhecimento do modo de ser Guarani, nande reko é o falar. Portanto, para ser guarani é preciso falar guarani. As palavras, que saem pela boca, vêm da alma, nhe'e. Nhe'e significa alma, mas também significa a palavra. Se palavra é alma e alma é palavra, o falar é sagrado, assim como é o silêncio, pois só a prática do silêncio nos permite ouvir os outros falares. Assim, a boca que articula as palavras expressa também a alma Guarani. Nesse bate-papo entre o historiador Cadu de Castro e Denílson Karaí Mirim, conheceremos o papel da boca como órgão articulador das palavras na cultura Guarani.

Quando: 9/9, sexta, das 15h às 16h

 

Sesc São José dos Campos

Show -- Encontro de Rimas e BeatBox 

Com Meire D'Origem e os convidados Joazinho Beat Box, Alra Alves e DJ Tejota

Encontro Musical com artistas da cena local, Meire d`origem, Joaozinho beat box, Alra Alves e DJ Tejota, trazendo as rimas do hip hop e as técnicas do Beat Box, embalando o encerramento do projeto Boca Pra Que Te Quero 2022.

Quando: 9/9, sexta, das 20h às 21h15

 

Serviço

Boca, pra que te quero?

Quando: 1 a 11 de setembro

Onde: em 29 unidades do Sesc no estado de São Paulo, além de atividades on-line.

Na capital: Campo Limpo, Consolação, Florêncio de Abreu, Interlagos, Ipiranga, Pompeia, Pinheiros, Santana, Santo Amaro e Vila Mariana.

Na região metropolitana: Guarulhos e Santo André.

No interior e litoral: Bauru, Bertioga, Birigui, Campinas, Catanduva, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Santos, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté.

Grátis.
Programação completa: clique aqui