Joselino Torres
O retinoblastoma é
um tipo raro de câncer ocular, mais comum em crianças e responde por 3% dos
cânceres infantis, chegando a cerca de 400 casos por ano. Entre 60% e 75% dos
casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, uma célula
sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente
O retinoblastoma geralmente aparece em crianças com
mais de 1 ano de idade. Os demais casos são hereditários e a criança tem uma
mutação num gene supressor de tumor que está presente em todas as células de
seu corpo.
Geralmente, essa mutação é herdada de um dos pais,
embora possa ser também uma mutação nova que comece com o paciente, que vai
transmiti-la aos descendentes. Nesses casos, o retinoblastoma se desenvolve no
bebê, antes de 1 ano de idade.
Preocupado com o avanço da doença no Brasil, e, promovendo
prevenção na cidade de Guarujá, o vereador Carlos Eduardo Vargas (PTB)
apresentou um projeto no púlpito da Câmara Municipal de Guarujá que visa criar na
Cidade a Campanha Permanente para divulgar e orientar a população sobre o problema
(RETINOBLASTOMA).
De acordo com o vereador a doença, pode ser desenvolvida em crianças antes dos 5 anos de idade, sendo o principal sintoma um reflexo brilhante no olho.
Saiba mais
O Retinoblastoma possui diferentes níveis e, quando detectado no
início, o índice de cura pode chegar a 95%, o que evita, inclusive, que a
criança passe por tratamentos difíceis, como a quimioterapia e a radioterapia.
Existem três tipos
de retinoblastoma:
– unilateral:
afeta um olho e representa entre 60% e 75% dos casos. Destes, 85% são da forma
esporádica da doença, e os demais são casos hereditários.;
–
bilateral: afeta os dois olhos, quase sempre é hereditário e
costuma ser diagnosticado bem mais cedo que o unilateral;
–
PNET (tumor neuroectodérmico primitivo) ou retinoblastoma trilateral:
ocorre quando um tumor associado se forma nas células nervosas primitivas do
cérebro. Esse tipo só atinge crianças com retinoblastoma hereditário bilateral.
Diagnóstico:
Todo bebê deve fazer o Teste do Olhinho após o
nascimento e repeti-lo com frequência até os 5 anos, faixa etária mais atingida
pelo retinoblastoma. O exame é disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de
Saúde).
Sintomas:
– “olho de gato”: crianças com retinoblastoma
desenvolvem uma área branca e opaca na pupila, que se chama leucocoria, causada
pela reflexão da luz provocada pela doença. No Brasil, essa condição é
popularmente conhecida como “olho de gato” e é facilmente visível em fotos
tiradas com flash. A criança deve ser levada ao oftalmologista tão logo o
fenômeno seja identificado, porque, mesmo que não seja um retinoblastoma, isso
pode causar a perda da visão;
– problemas na movimentação do olho, como estrabismo;
– redução da visão em um olho;
– dor no olho;
– globo ocular maior que o normal;
– olho preguiçoso (ambliopia).
Tratamento:
Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais, como laserterapia e crioterapia, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nos casos mais avançados, pode haver a necessidade de retirada do olho (enucleação) e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.
Vale ressaltar que o vereador Vargas, vem desenvolvendo projetos
que focam sempre o bem-estar, e a prevenção da saúde da população além do
equilíbrio ambiental na cidade