Por Dominique Vidalon, Conor Humphries e Max Hunder* - Repórteres da Reuters - Paris

Reuters

O governo francês pediu hoje (30) uma investigação sobre a morte do jornalista Frederic Leclerc-Imhoff, 32 anos, que estava na Ucrânia a trabalho. O jornalista francês morreu quando o veículo em que ele viajava foi atingido em um bombardeio. O veículo também estava sendo utilizado para a retirada de civis na região da cidade de Severodonetsk.

"A França exige que uma investigação seja conduzida assim que possível, e com transparência, sobre as circunstâncias desse drama", afirmou a ministra das Relações Exteriores, Catherine Colonna, em nota.

O mais recente jornalista a morrer na Ucrânia desde a invasão do país em fevereiro estava em sua segunda viagem de reportagem pelo canal de televisão francês BFM na Ucrânia, afirmou sua empregadora.

O governador da região ucraniana de Luhansk, Serhiy Haidai, disse em uma publicação no serviço de mensagens Telegram que um veículo blindado de transportes foi atingido por estilhaços de uma bomba russa, matando um jornalista. Uma foto anexa mostrava um caminhão que parecia ter sido adaptado com uma armadura de blindagem.

Os esforços de retirada de civis foram suspensos após o ataque, afirmou o governador. 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não respondeu imediatamente a um pedido por comentários. Moscou tem negado repetidamente que suas forças destinem ataques a civis na Ucrânia. 

No Twitter, a ministra francesa disse ter conversado com o governador de Luhansk e solicitado uma investigação ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. 

Os dois garantiram ajuda e apoio.