Agência Brasil - Rio de Janeiro
A tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, no estado do Rio, no último dia 15, provocou até o momento a morte de 217 pessoas, sendo 128 mulheres e 89 homens. Entre as vítimas, 42 são menores. Os corpos foram levados para o Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC).
Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio (Sepol), entre os mortos 203 corpos foram identificados e liberados. Outros sete não identificados receberam liberação mediante coleta de material genético e ordem judicial.
Ainda conforme a Sepol, o PRPTC recebeu 16 fragmentos de corpos, sendo que nove já foram liberados. Até o momento, há registro de 33 desaparecidos comunicados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
“A instituição reforça que, a partir de sábado (26), a coleta de material genético de familiares de vítimas vai ocorrer exclusivamente no PRPTC, sendo desmobilizado o posto no clube Petropolitano”, informou a secretaria.
Buscas
O décimo primeiro dia de buscas em Petrópolis começou hoje (25) com as operações noturnas de limpeza urbana realizadas pela prefeitura. No trabalho são empregadas mais de 40 máquinas de grande porte para a remoção de entulhos e das barreiras das vias do centro da cidade e do Alto da Serra, duas das áreas mais atingidas pela tragédia. “O objetivo das operações é agilizar os serviços, causando o menor impacto possível no trânsito da cidade”, disse a prefeitura.
Para o prefeito Rubens Bomtempo, o trabalho noturno tem sido mais eficiente, o que permite avançar na recuperação da Cidade Imperial, como Petrópolis é conhecida.
“Para entrar com as carretas no centro ou no Alto da Serra durante o dia é preciso dar um nó no trânsito. Além disso, cada carreta leva umas três, quatro horas, para chegar ao aterro da Fazendinha (próximo à Rodoviária do Bingen) ou ao de Pedro do Rio. Com isso, eu consigo fazer uma ou duas viagens por dia. Trabalhando à noite, faço quatro ou cinco viagens, e sem causar transtornos no trânsito”, afirmou o diretor-presidente da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, Léo França.
Abrigos
A prefeitura informou que, até o momento, 887 pessoas estão abrigadas nos 13 pontos de apoio instalados em escolas da rede municipal de educação e no Colégio Estadual Rui Barbosa.
Essas pessoas que tiveram que deixar as casas ou perderam as residências estão nas escolas Papa João Paulo II, em São Sebastião; Germano Valente e Maria Campos, no centro; Rubens de Castro Bomtempo, na Vila Felipe; Geraldo Ventura Dias, no Meio da Serra; Duque de Caxias, em Quissamã; Alto Independência, no Alto Independência; Joaquim Deister, na Floresta; São João Batista, em Duarte da Silveira; Paroquial Nossa Senhora da Glória, no Morin; Paroquial Bom Jesus e Centro de Educação Infantil (CEI) Chiquinha Rolla, no Quitandinha; e Comunidades Santo Antônio e Colégio Estadual Rui Barbosa, os dois no Alto da Serra.