As campanhas salariais dos 30 mil servidores municipais e 17 mil aposentados
de Santos, Praia Grande e Guarujá serão debatidas em ‘live’ na internet, a
partir das 19 horas desta segunda-feira (3).
A transmissão ao vivo será pelo Facebook e Youtube do Sindest Santos, que
congrega 12 mil servidores da ativa e 8 mil aposentados, presidido pelo
anfitrião Fábio Marcelo Pimentel.
O presidente do sindicato de Praia Grande, Adriano Roberto Lopes da Silva
‘Pixoxó’, que representa 12 mil trabalhadores e 6 mil aposentados, também
participará do programa.
Zoel Garcia Siqueira, presidente do Sindserv Guarujá, falará em nome de 6
mil trabalhadores em atividade e 3 mil aposentados. Edson Paixão, presidente
do sindicato de São Vicente, também participará.
Lutas já
começaram
Santos e São Vicente têm data-base em fevereiro. Guarujá, em abril. Praia
Grande, em maio. Os sindicatos começaram suas campanhas salariais no segundo
semestre de 2021.
No dia seguinte à ‘live’, terça-feira (4), Fábio e outros diretores do
Sindest estarão reunidos com o secretário municipal de gestão, Rogério
Custódio, quando esperam iniciar as negociações.
Dois dias depois dessa reunião, a categoria terá assembleia, na quinta-feira
(6), convocada em novembro. Será às 19 horas, no Sintrasaúde, Avenida Ana
Costa, 70.
Orientando
os trabalhadores
Se não houver resposta satisfatória às reivindicações, a assembleia definirá
o protesto já marcado para o dia 12. A diretoria do sindicato está desde o
final de outubro orientando o pessoal.
A direção do sindicato vem cobrando, há dois meses, a abertura da
conversação sobre as reivindicações encaminhadas ao prefeito Rogério Pereira
(PSDB) em 29 de outubro.
A categoria reivindica reposição salarial de 23,38%, que corresponde a três
índices inflacionários: 4,19%, 4,56% e 13,25%, referentes a 2020, 2021 e
2022.
Guarujá terá
primeira assembleia
A pauta, de 47 itens, cobra cesta-básica de R$ 600, corrigida mensalmente,
além de vale-refeição diário de R$ 35, totalizando R$ 1.050 no mês. Ela foi
aprovada em assembleia do dia 27 de outubro.
Também na quinta-feira (6), às 19 horas, haverá a primeira assembleia do
Sindserv Guarujá, na sede da Rua Manoel Hipólito do Rego, 84, bairro Boa
Esperança, Itapema.
Os servidores definirão as reivindicações que serão encaminhadas ao prefeito
Válter Suman (PSDB) no dia seguinte, sexta-feira (7). “Temos pressa”, diz
Zoel.
Zoel
antecipa
“Queremos evitar complicações com a legislação que não permite aumento dos
salários do funcionalismo depois de 8 de abril”. O sindicalista se refere à
lei 9.504-1997.
Ela proíbe correção salarial acima das perdas inflacionárias em ano
eleitoral como 2022, quando os brasileiros votarão em presidente,
governador, senador, deputado federal e estadual.
Zoel teme ainda a possibilidade de reedição da lei 173-2020, do presidente
Bolsonaro, que expirou em 31 de dezembro e proíbe correções salariais de
servidores desde 27 de maio do ano passado.
Unidade
no embate
“Por isso e eventuais problemas no primeiro semestre do ano, queremos
definir o índice e as demais cláusulas o mais rápido possível, antes que a
prefeitura se embase na legislação para nos prejudicar”.
A diretoria do sindicato proporá à assembleia que reivindique reajuste
salarial linear de 20%, além dos mesmos itens da pauta de 2021, que foram
ignorados pela prefeitura.
“Neste ano, será diferente”, adverte o sindicalista. “Além de iniciar mais
cedo a campanha salarial, possibilitando que a categoria se organize e
mobilize para possível embate, temos a unidade regional dos servidores”.
Praia Grande
e São Vicente
Em Praia Grande, os trabalhadores tiveram reajuste salarial de 9,32% sobre
os salários de 1º de janeiro de 2021, equivalente à inflação de maio de 2019
a abril de 2020. E dos mesmos meses de 2020 a 2021.
O índice foi aplicado a partir deste 1º de janeiro de 2022 e o acordo prevê
novo reajuste em março. Pixoxó diz que a mobilização da categoria começará
nesta primeira semana de janeiro.
Os servidores de São Vicente estão alertas desde o segundo semestre de 2021.
Em dezembro, eles protestaram diante da prefeitura e Edson Paixão fala em
“movimento paredista” se fracassarem as negociações.
GERAL
03/01/2022 08H16