A líder deposta Aung San Suu Kyi foi condenada hoje (6) em Myanmar (antiga Birmânia) a quatro anos de prisão, por incitar a agitação popular e violar regulamentos sanitários da covid-19, disse fonte da junta militar.
Aung San Suu Kyi, de 76 anos, "foi condenada a dois anos de prisão ao abrigo da secção 505(b) e a dois anos de prisão ao abrigo da Lei sobre Desastres Naturais", disse o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun.
O antigo presidente Win Myint foi condenado à mesma pena, acrescentou. Os dois ex-governantes, no entanto, não irão para a prisão imediatamente.
"Eles ainda têm de responder a outras acusações, a partir dos locais onde se encontram atualmente", afirmou.
Desde o golpe militar, em 1º de fevereiro, a líder deposta tem sido alvo de várias acusações, incluindo incitamento à corrupção, sedição e fraude eleitoral.
Ela pode ter de cumprir dezenas de anos de prisão se vier a ser condenada pelos crimes de que é acusada.
Os jornalistas não podem assistir aos julgamentos do tribunal especial, e os advogados de Suu Kyi foram proibidos de conceder entrevistas.
Desde o golpe de Estado que depôs Aung San Suu Kyi, o Exército reprimiu violentamente as manifestações contra o regime, em ações que levaram à detenção de cerca de 10 mil pessoas e à morte de pelo menos 1.300 civis, de acordo com a organização não governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos.