A prefeitura de Santos não higieniza os veículos terceirizados que transportam diariamente dezenas de pacientes para tratamento de saúde em Santos, capital, cidades do interior e até outros estados.

A frota de vans e carros de passeio está temporariamente num amplo terreno da Avenida Ana Costa, 89 A, que se estende até a Rua Júlio Conceição, no bairro Vila Mathias.

No local, segundo o sindicato dos 12 mil servidores estatutários municipais e 4 mil aposentados (Sindest), o ponto hidráulico e elétrico para lavagem dos veículos foi feito pelos funcionários.

 

 

Em

reforma

 

O problema é que não há trabalhadores para efetuar o serviço. Isso, segundo diretores da entidade, poderia ser solucionado com profissionais da Prodesan, que limpam as ambulâncias do Samu.

Os automóveis, de responsabilidade da seção de transportes da secretaria municipal de saúde (Setrans), normalmente ficam na coordenadoria de transportes (Contrans).

Essa garagem, no prédio da companhia de engenharia de tráfego (CET), na Avenida Rangel Pestana, entre a Avenida Ana Costa e a Arena Santos, está em reforma. Alguns veículos ficam também na Arena Santos.

 

 

Local

inadequado

 

O presidente do sindicato, Fábio Pimentel, reclama que a prefeitura “jogou” os motoristas e os veículos “num local totalmente inadequado, em outra demonstração de descaso com o servidor”.

O terreno, segundo ele, não tem guarita para controlar entradas e saídas. “O prefeito (Rogério Pereira, PSDB) não tem a menor consideração pelo pessoal. Esquece que arriscaram a vida durante a pandemia”.

O diretor de comunicação do sindicato, Daniel Gomes, que fez várias fotos no local, diz que um dos muros está quase caindo, seguro apenas por raízes e troncos de árvores.

 

 

Diária

insuficiente

 

O diretor de assuntos profissionais do Sindest, Carlos Alberto Reis Nobre ‘Carlinhos’, critica a diária de R$ 30 para os motoristas viajarem. “Como alguém se alimenta num período de 12 horas com esse valor?”.

Segundo ele, há muitas viagens para São Paulo e cidades do interior como Barretos, Bauru, Rio Preto e até Curitiba (PR). “Às vezes, o motorista fica quase 24 horas numa remoção”.

O serviço consiste em pegar pacientes em casa, hospitais ou clínicas e removê-los para consultas, exames, cirurgias, fisioterapias, hemodiálises e outros procedimentos de saúde.