Dentre os desafios das universidades, a Covid serviu para provar a sua importância na promoção da saúde
Dr. Niels Olsen Saraiva Câmara, conferencista da abertura do Enepe 2021 (Foto: Reprodução)
A conferência de abertura da 26ª edição do Enepe (Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão) da Unoeste foi clara na resposta ao próprio tema: “A valorização da ciência, saúde e sociedade na pandemia”. O conferencista Dr. Niels Olsen Saraiva Câmara reafirmou o valor da ciência no combate à pandemia do coronavírus e chamou a atenção para o fato de que a Covid-19 serviu para provar a importância da produção científica das universidades para promover a saúde no mundo.
As falas dos pró-reitores Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, e de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, evidenciaram a atuação da Unoeste em ajudar a sociedade, durante todo esse período crítico, no entorno dos seus campi em Presidente Prudente, no oeste paulista; Jaú, na região central do estado; e Guarujá, na Baixada Santista; inclusive mantendo os projetos com atenção especial aos cuidados dos protocolos de biossegurança.
Valorização da ciência
Em nome da reitora Ana Cristina de Oliveira Lima, Creste disse que a Unoeste é fruto da ciência e da educação, que atua no país em prol de melhor qualidade de vida e que continuará colaborando com a sociedade. Guelfi pontuou a valorização da ciência, a firme condução que a Unoeste vem tendo frente à pandemia e a posição institucional pela educação de qualidade, produção de conhecimentos e serviços de extensão como legado dos fundadores professores Agripino de Oliveira Lima e Dona Ana.
O Dr. Niels começou dizendo ser a primeira vez que estava participando de um evento da Unoeste, mas que já a conhecia pelo nome que tem e através dos egressos que recebe no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP). Disse ainda saber da capacidade da Unoeste em formar bons profissionais. Agradeceu o convite feito pelo coordenador executivo do Enepe, Dr. Jair Rodrigues Garcia Junior, que fez o doutorado no IBC-USP.
União de todas as áreas
A condução da conferência foi sobre a evolução da Covid-19 no Brasil que tem em 17 meses de pandemia mais de 20 milhões de casos confirmados e mais de 600 mil mortes. Período em que os produtores de ciência no país intensificaram as suas ações na mesma proporção dos pesquisadores que têm se dedicado à causa no mundo, gerando muita informação, “mas ainda sem saber o quanto deveria saber”. Discorreu sobre as várias implicações da doença e das hipóteses de suas consequências.
Dentre as perguntas que respondeu, algumas situações ficaram bem claras: a velocidade da pesquisa foi muito rápida porque a estrutura da vacina já existia em estudos anteriores; a vacinação eficiente quanto à resposta imunológica; a necessidade da sociedade manter os cuidados de proteção, no que chamou a atenção para o fato de que nos Estados Unidos, Inglaterra e Israel foi retomado o uso de máscara e de outras medidas. Chamou a atenção para algo muito positivo na área científica: a união de todas as áreas do conhecimento na busca de soluções no combate ao coronavírus.
Sessões orais
A abertura do Enepe 2011 ocorreu nesta segunda-feira (18) à noite, mas as sessões orais começaram de manhã e prosseguiram à tarde; com continuidade de terça-feira (19) até quinta-feira (21) com apresentações nos três períodos. No evento 100% on-line são mais de mil trabalhos inscritos, dentre os quais esteve um estudo realizado por estudantes do curso de Psicologia da Unoeste, em processo de iniciação científica.
Denominado “Investigação das funções executivas em universitários matutinos e noturnos e influência do horário de sono”, o trabalho foi desenvolvido por Beatriz Villa Boas Dias, Lara Miranda Baptista Vilhegas e Luana Aparecida Brinholi Almeida; orientadas pelo professor Dr. Felipe Viegas Rodrigues, neurocientista cognitivo que leciona fisiologia e neuropsicologia. Na apresentação feita por Beatriz foi explicado que as funções executivas são o conjunto de habilidades.
Aspectos impactados
São habilidades que permitem executar as ações necessárias para atingir um objetivo que impacta nos aspectos efetivoemocionais, comportamentais e sociais. Então, o estudo focou na atenção e na capacidade dos estudantes por serem fortemente requeridas nos processos de ensino e de aprendizagem. Por escolhas aleatórias, participaram 23 estudantes, sendo 16 matutinos e sete noturnos, todos da área da saúde e com idades variáveis de 18 a 35 anos. Eles responderam a questionários e passaram por testes apropriados para tais avaliações.
Os resultados mediante as técnicas de obtenção de dados não apresentaram diferenças significativas, sendo que a maior parte dos estudantes revelou dormir em média de seis e oito horas por noite; quantidades classificadas de regular a boa. Os testes não permitiram manter uma relação digna de nota entre os ofícios dos participantes e seus desempenhos. Portanto, sem diferença significativa entre os que trabalham e os que não trabalham. O estudo ainda foi comparado com outros estudos, em uma discussão que evidenciou a sua importância.