Válter Suman pediu soluções rápidas aos governos do Estado e Federal e colocou órgãos municipais à disposição para apoio logístico


Em visita às gavetas de atracação das balsas que realizam a travessia Guarujá-Santos na manhã desta segunda-feira (21), o prefeito de Guarujá, Válter Suman, cobrou dos governos estadual e federal agilidade na reconstrução das estruturas destruídas pelo acidente com o navio Cap San Antonio, ocorrido na tarde de domingo (20).


Suman aguarda o resultado das investigações sobre as causas e circunstâncias do acidente, a cargo da Capitania dos Portos. Foram destruídas estruturas de concreto, flutuantes e balsas do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, afetando diretamente o serviço prestado diariamente cerca de 30 mil usuários.


Em razão disso, uma das três gavetas de atracação de balsas que ficam do lado guarujaense está temporariamente inutilizada, bem como a área de embarque exclusiva para ciclistas e pedestres. O navio teve perfurações na lateral do casco, atingindo os tanques de lastro da embarcação. Após vistoria, o Ibama não constatou danos ao meio ambiente.


O Município já se colocou à disposição para o auxílio logístico necessário para minimizar os transtornos no dia a dia da travessia de balsas. Já na manhã seguinte ao acidente, foram registradas filas maiores que as já tradicionais, com espera chegando a quase uma hora. Uma viatura da Guarda Civil Municipal, por exemplo, ficará de plantão no bolsão de embarque da travessia.


O embarque para as balsas que atendem ciclistas e pedestres, antes segregado, agora ocorrerá no mesmo local onde é realizado o embarque das balsas com veículos, temporariamente. “Já são quatro acidentes envolvendo navios de grande porte no canal do estuário em 10 anos. Felizmente não houve vítimas neste, mas, se não forem tomadas providências definitivas em prol de uma ligação seca, outros mais graves podem vir a acontecer”, alertou Suman.


O prefeito prevê transtornos na malha viária da Cidade. “O serviço parcialmente interditado representa uma maior lentidão na travessia, com filas maiores. Por isso, organizaremos operações especiais com a Diretoria Municipal de Trânsito para encontrar maneiras de minimizar ao máximo esse impacto nas vias públicas”, destacou.


Agora, Suman espera que os governos estadual e federal, enfim, cheguem a um acordo definitivo para viabilizar a ligação seca entre Guarujá e Santos. “A proposta do túnel imerso, defendida pela Autoridade Portuária de Santos, que conta com apoio da comunidade portuária, atende às necessidades de Guarujá”, frisou.


O prefeito complementou que a travessia Guarujá-Santos é a maior do mundo em volume de veículos, o que comprova sua grandiosidade e relevância no âmbito metropolitano na Baixada Santista.