Do Diário do Poder 

Deputados federais do PSL têm sido pressionados pela cúpula do partido, presidido por Luciano Bivar (PE), a aceitarem sua “expulsão consensual”, pela qual ficariam livres para se filiar a outros partidos sem o risco de serem atingido pela lei da infidelidade partidária, com perda de mandato.

Os deputados rebeldes do PSL receberam a proposta da direção do partido com forte indignação, até porque essa “expulsão consensual” pode ser considerada como uma tentativa de burlar a legislação e instituto da fidelidade partidária. E a proposta esconde um objetivo: recuperar uma maioria anti-bolsonarista.

Bivar atribui a iniciativa ao vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e ao deputado Marcelo Freitas (PSL-MG). “Eles estão fazendo o melhor possível para atender aqueles que não comungam conosco hoje e certamente amanhã, por isso estamos entrando num consenso onde todos procurem os seus caminhos”, explicou.

O deputado Luciano Bivar disse agora há pouco ao Diário do Poder que “o PSL só quer paz e defender seus princípios originais.”

A investida do PSL pretenderia excluir uma parte dos 32 deputados que se uniram contra o acordo fechado por Bivar para apoiar Baleia Rossi, o candidato do PT e de Rodrigo Maia, inimigos do presidente Jair Bolsonaro, à presidência da Câmara.

Se conseguir expulsar meia dúzia de deputados leais a Bolsonaro, Bivar retomará a maioria da bancada e poderá, assim, reatar o acordo para apoiar o candidato do PT à sucessão de Maia.


O deputado Victor Hugo (PSL-GO), um dos artífices do grupo de 32 deputados leais a Bolsonaro, comemorou a dissolução do acordo de Bivar com o PT e Maia. “Não faz o menor sentido o partido pelo qual o presidente foi eleito apoiar um projeto que representa tudo contra o qual sempre lutamos”, afirmou ele.