São Vicente será a primeira Cidade da Baixada Santista e uma das primeiras do Estado de São Paulo a receber, a partir de 2021, o Programa Nacional da Escola Cívico Militar (PECIM). E a EMEF Professor Jorge Bierrenbach Senra, no Jardim Rio Branco, foi escolhida para sediar o programa federal na região.

Confirmada pelo Ministério da Educação (MEC), a aprovação da Cidade foi anunciada no dia 10, durante a visita do deputado estadual Tenente Coimbra ao prefeito Pedro Gouvêa. Pleiteada no início do ano, também por intermédio do parlamentar, a inclusão de São Vicente no PECIM teve como candidatas a EMEF Professor Lúcio Martins Rodrigues e a EMEF Prefeito José Meireles. A escolhida atendeu a todos os requisitos definidos pelo MEC e foi confirmada na segunda-feira (21).

“Estamos orgulhosos por receber a confirmação de que São Vicente será uma das primeiras cidades a fazer parte do Programa Nacional da Escola Cívico Militar. A proposta é interessante e nos possibilitará oferecer mais um diferencial para a Educação vicentina. Três escolas foram indicadas dentro do critério estabelecido pelo Ministério da Educação”, disse o prefeito Pedro Gouvêa, no dia 10, antes da confirmação da Bierrenbach no programa federal.

Com a definição da escola, agora será montado um grupo de trabalho com representantes da Prefeitura, da Secretaria de Educação (Seduc) e de supervisores e diretores da escola selecionada. O grupo vai definir a estratégia para a divulgação da consulta pública sobre a implantação do sistema cívico-militar na unidade de ensino escolhida.

Desmistificando – Na reunião do dia 10, que contou com a presença do secretário executivo do prefeito, Dene Guimarães Martins, o deputado estadual Tenente Coimbra esclareceu alguns mitos atribuídos à proposta para a implantação das escolas cívico-militares. Entre eles, a de que as crianças serão doutrinadas a terem um pensamento de direita.

“Isso não é verdade. As escolas cívico-militares incentivam o desenvolvimento do pensamento próprio dos alunos e não têm como objetivo pregar qualquer ideologia política”, destacou, entregando para o prefeito um folder com respostas para outras dúvidas sobre a proposta.

O material informa, por exemplo, que as escolas não são uma imposição do Governo Federal, que abre, na verdade, a opção para que estados e municípios solicitem a adesão do modelo ao MEC. Os funcionários da escola não vão perder seus empregos e nem serão substituídos por militares. As escolas cívico-militares não visam a militarização dos estudantes, mas ajudam na qualidade do ensino. Além disso, o militar atuará, em colaboração, nas áreas de gestão escolar e disciplinar, a fim de contribuir com a ordem e a segurança do ambiente escolar. Somente militares da reserva cumprirão a função.