SÃO PAULO
18/12/2020 06H48
Governo de São Paulo recebeu nesta sexta-feira (18)
novos lotes da vacina pronta. Produzida na China em parceria com o Instituto
Butantan, a vacina está em fase final de testes e aguarda aprovação da Anvisa.
Por G1 SP — São Paulo
O
governo de São Paulo recebeu mais dois milhões de doses da vacina CoronaVac na
manhã desta sexta-feira (18).
A vacina é produzida pelo laboratório
chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O avião que transportava o
imunizante pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta das 6h26.
A CoronaVac está na terceira fase de
testes e sua eficácia precisa ser comprovada antes da liberação pela Anvisa.
Essa é a terceira remessa de encomendas, a
segunda de material pronto. No começo do mês, o governo paulista
recebeu 600
litros de matéria-prima, carga de insumos para produzir até 1 milhão de doses da
vacina.
O governador João Doria (PSDB) esteve
no local para acompanhar a chegada do lote, ao lado do diretor do Instituto
Butantan, Dimas Covas, e do secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.
“Agora com a chegada desses 2 milhões,
temos 3 milhões e 120 mil doses já em solo brasileiro sendo processada pelo
Instituto Butantan”, disse Doria nesta manhã.
“Até 15 de janeiro teremos 9 milhões de doses prontas
para uso. Então é a primeira vacina em solo nacional, a primeira vacina que
está sendo produzida no Brasil e na América latina. E essa é a nossa função:
trazer as vacinas para que elas possam ser usadas o mais rapidamente possível”,
afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Registro emergencial
Nesta quinta-feira (17), o governo de São Paulo disse que
mudou novamente de estratégia para conseguir a aprovação da CoronaVac e que
também vai
solicitar o registro para uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Na segunda-feira (14), o governador
João Doria (PSDB) havia dito que o instituto pretendia
solicitar apenas o registro definitivo da vacina, e não o emergencial.
De acordo o diretor do Butantan, Dimas
Covas, uma nova correspondência do Ministério da Saúde recebida pelo governo
estadual mostra que a pasta tem interesse na vacina autorizada pela Anvisa, e
não apenas na vacina com registro definitivo.
Ainda segundo o governo, o pedido na
Anvisa deve ser feito simultaneamente à apresentação do estudo conclusivo.
A solicitação será levada também à
NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa
responsável pela regulação de medicamentos.
Número
de infectados
O
governo afirma que a fase 3 dos testes no Brasil registra 170 voluntários
contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante
comparando quantos receberam placebo e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima
recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
"A decisão de concluir o estudo ocorre após os
cientistas terem sinalizado que o número mínimo necessário de 151 voluntários
infectados já foi ultrapassado. Hoje a fase três da vacina do Butantan já tem
170 voluntários infectados, incluindo os grupos vacinados e placebo",
afirmou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa nesta semana.
Envase
Na
última quarta-feira (10), o instituto começou o processo de envase da vacina a
partir da matéria-prima importada da China.
Segundo o governo paulista, o processo de envase começou
a ser realizado no dia 9 de dezembro, na fábrica do Butantan, que tem 1.880
metros quadrados, e contará com o reforço de 120 novos profissionais, além dos
245 que normalmente atuam no instituto. Além disso, o Butantan passa a
funcionar 24 horas por dia.
Foto: Reprodução/TV Globo/G1
“Até 15 de janeiro teremos 9 milhões de doses prontas para uso. Então é a primeira vacina em solo nacional, a primeira vacina que está sendo produzida no Brasil e na América latina. E essa é a nossa função: trazer as vacinas para que elas possam ser usadas o mais rapidamente possível”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Nesta quinta-feira (17), o governo de São Paulo disse que mudou novamente de estratégia para conseguir a aprovação da CoronaVac e que também vai solicitar o registro para uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governo afirma que a fase 3 dos testes no Brasil registra 170 voluntários contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam placebo e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
Envase
Na última quarta-feira (10), o instituto começou o processo de envase da vacina a partir da matéria-prima importada da China.