Por G1 Santos

 


Jovem teve mão, quadril e pernas feridos durante explosão em Guarujá — Foto: Arquivo Pessoal

Jovem teve mão, quadril e pernas feridos durante explosão em Guarujá — Foto: Arquivo Pessoal

A estudante de 23 anos que sobreviveu à explosão de gás em um botijão na casa dela, em Guarujá, no litoral de São Paulo, teve a recuperação interrompida por conta da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. Ao G1, a jovem afirma que tenta se adaptar à nova realidade enquanto recupera movimentos e retoma as atividades.

Manuela Reinert Gonzales teve 40% do corpo queimado e foi internada em estado grave, após um botijão de gás explodir em sua casa, no dia 22 de novembro de 2019. Além da estudante de Medicina, a cadela de estimação dela também foi atingida pelo incêndio e sofreu ferimentos na cabeça.

Manuela conta que, após o acidente, passou pouco mais de um mês internada e que, além das marcas das queimaduras nas pernas e quadril, sofreu sequelas na mão esquerda. No entanto, considera positiva a recuperação após a alta médica. "Foi além do esperado, pelo tamanho da explosão, todo mundo achava que eu ia ficar bem pior".

Jovem ficou internada após ter grande parte do corpo queimada após vazamento de gás em sua casa em Guarujá, SP — Foto: Arquivo pessoal

Jovem ficou internada após ter grande parte do corpo queimada após vazamento de gás em sua casa em Guarujá, SP — Foto: Arquivo pessoal

"Sempre tive uma vida muita ativa, de fazer esportes e frequentar muita praia, e isso é uma coisa que eu não posso fazer. Tive que abrir mão das coisas que eu gostava muito, pelo menos por enquanto. Fiquei uns três meses sem conseguir usar as mãos e um tempão sem conseguir ficar em pé, porque a circulação ficou comprometida, mas hoje já consigo fazer alguns esportes mais leves e andar, caminhar", conta a jovem.

Apesar da melhora no estado de saúde e na qualidade de vida, Manuela afirma que teve os tratamentos, principalmente para a retomada dos movimentos da mão afetada no acidente, interrompidos devido à quarentena. "Fiquei até março sem conseguir andar, e assim que consegui dar alguns passos, veio a pandemia e tudo ficou fechado".

"Precisava fazer algumas cirurgias para melhorar a mobilidade da minha mão, mas veio a Covid-19 e só consegui fazer uma. Mas, por outro lado, também tento ser otimista, porque é um tempo em que consegui me recuperar. Se não tivesse a pandemia, teria que frequentar aula, pegar balsa, andar em ônibus, então, por um lado foi bom", finaliza.

Câmeras de monitoramento registraram explosão que deixou estudante ferida em estado grave
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Câmeras de monitoramento registraram explosão que deixou estudante ferida em estado grave

Relembre o caso

No dia do acidente, Manuela foi para a faculdade e saiu às 19h. Chegando ao sobrado onde mora, ela sentiu um forte cheiro de gás e um barulho forte de vazamento, que vinha da cozinha. Ao acender a luz para tentar fechar a saída do gás, o fogão explodiu e a casa pegou fogo.

O que a salvou, segundo relata, é que ela estava com uma jaqueta jeans que cobria o seu tórax. De acordo com Manuela, a casa ficou destruída com o incêndio. "Estávamos eu e a minha cachorra. Coloquei ela para trás da jaqueta, pulei o fogo com ela e continuei pegando fogo por um tempo. Fui batendo até parar", relembrou na ocasião.

A jovem foi auxiliada por moradores e levada até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarujá por um vizinho, onde foi socorrida às pressas e passou pelos procedimentos iniciais. Com a explosão, a cachorra da estudante desapareceu e foi encontrada dias depois. Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o momento da explosão.

Cachorra foi encontrada ferida após correr devido ao susto da explosão e foi socorrida por veterinários em Guarujá, SP  — Foto: Arquivo Pessoal

Cachorra foi encontrada ferida após correr devido ao susto da explosão e foi socorrida por veterinários em Guarujá, SP — Foto: Arquivo Pessoal