O presidente Jair Bolsonaro cansou de apostar na relação com os presidentes da Câmara e do Senado, a cujo partido entregou o controle de ministérios importantes, como Saúde e Cidadania, mas, apesar disso, segundo avalia o Planalto, a dupla está sempre jogando para a plateia, em prejuízo do governo. Em atitude pragmática, ele abriu entendimento com o “centrão” (ou “blocão”) que na Câmara soma 351 deputados e no Senado tem a maior bancada. Tenta a tranquilidade que não conseguiu estabelecer com Davi Alcolumbre e seu influenciador Rodrigo Maia. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Um eventual entendimento com o blocão pode garantir aquela maioria que o atual governo ainda não teve, e já a partir de 2020.
Aliados do governo defendem a volta do “presidencialismo de coalizão”, mas sem a corrupção que o caracterizou nos governos de PT e PSDB.
O presidente se deu conta de que já não vale a pena acender velas para os chefes do Senado e da Câmara, já na reta final de suas presidências.Os políticos gostaram da iniciativa de Bolsonaro, exceto Maia e Alcolumbre e o DEM, claro, porque perdem poder. E muitos cargos.