O verão termina oficialmente às 0h50 desta sexta-feira (20), mas as chuvas tendem a continuar no outono. Desde fevereiro, Santos registra, mensalmente, volumes de chuvas mais altos que a média dos últimos 25 anos. Para abril e maio, a situação deve se manter, incluindo também outra característica de 2020: chuvas volumosas concentradas em dias específicos ao invés de precipitações curtas ao longo de todo o mês.

Em abril, a média histórica de 222,1 mm deve ser ultrapassada e, para maio, o volume deve ser superior à média de 165 mm. Neste momento, as condições do tempo são influenciadas pela fase negativa da oscilação antártica, variabilidade climática que tem favorecido a circulação do ar polar no hemisfério sul, dando suporte ao aparecimento de frentes frias.

“A previsão climática nos mostra, no entanto, que embora ultrapasse a média histórica, o volume de chuvas em abril e maio não deve ser tão alto como em fevereiro e março, quando ocorreram precipitações consideradas extremas. Mas a população que vive nos morros, em especial próximo às encostas, deve manter-se atenta”, explica Franco Cassol, meteorologista da Defesa Civil de Santos.
 
Primeiros sinais de perigo de deslizamentos
No solo: trincas no terreno, degraus de abatimento ou rachaduras
Em casa: trincas novas no piso ou nas paredes, ou muros estufados
Inclinação de árvores, postes ou muros
Valas e surgências d'água com coloração mais barrenta que o normal
Estalos ou aumento das trincas em blocos ou paredões rochosos
 
Para não contribuir com deslizamentos
Mantenha a vegetação nativa nas encostas
Não jogue ou desvie água de tanques, pias ou chuveiros para as encostas
Não descarte lixo nas encostas