A direção estadual da central Força Sindical (FS) promoveu plenária nesta
quarta-feira (11), no sindicato dos trabalhadores na construção civil de
Santos e região (Sintracomos), para organizar os protestos contra a medida
provisória (mp) 905-2020.
Serão paralisações, mobilizações e concentrações na próxima quarta-feira
(18), em todo o país, envolvendo as nove centrais sindicais existentes. A FS
estadual tem feito plenárias em todas as regiões paulistas. A desta
quinta-feira (12) será em Campinas.
Na reunião do Sintracomos, com a presença de vários sindicatos, da
coordenação regional da CUT e do centro dos estudantes de Santos (CES),
foram definidas algumas estratégias de mobilizações na cidade e na capital
paulista.
Caravana a São Paulo
e estação da cidadania
Os sindicalistas, trabalhadores e estudantes se concentrarão primeiramente
na saída da caravana de ônibus, vans e carros particulares, rumo à capital.
Isso será às 9 horas, diante do Sintracomos, na Rua Júlio Conceição, 102,
Vila Mathias.
Durante o dia, os que ficarem em Santos acompanharão as eventuais
paralisações e protestos, que culminarão com uma concentração diante da
estação da cidadania, na esquina das avenidas Ana Costa e Francisco
Glicério.
Dieese
destrincha
A atividade desta quarta-feira contou com audiovisual e palestra do
sociólogo Víctor Pagani, supervisor técnico do Dieese (departamento
intersindical de estatística e estudos socioeconômicos) em São Paulo. Ele
falou sobre conjuntura político-econômica e esmiuçou a ‘mp’.
A ‘mp’ cria o programa ‘verde e amarelo’, flexibiliza contratos de trabalho,
libera o trabalho aos domingos, sem adicional, e cria um imposto para os
desempregados. “Uma pancada nos trabalhadores”, diz o presidente do
Sintracomos, ‘Macaé’ Marcos Braz de Oliveira.
Contra o
pluralismo
O secretário-geral nacional do FS, ‘Juruna’ João Carlos Gonçalves, enalteceu
a unidade entre as centrais sindicais e elogiou o novo presidente da CUT,
Sérgio Nobre: “Ele tem mantido conversa constante e produtiva com o
presidente da Força Sindical, Miguel Eduardo Torres”.
Para Juruna, se a medida provisória for aprovada e transformada em lei,
“estará aberto o caminho para a pulverização dos sindicatos, com a
implantação do pluralismo sindical, ou seja, a criação de entidades
representativas por empresas”.
Combater
o ultraliberalismo
O presidente estadual da FS, Danilo Pereira da Silva, que convocou a
reunião, disse estar muito confiante no sucesso da mobilização da semana que
vem. Carlos Riesco, coordenador da CUT na região, também está otimista: “As
ruas repudiarão Bolsonaro”.
A presidente do CES, Aline Cabral, falou sobre “o poder de destruição do
estado brasileiro pelo presidente Bolsonaro e seu ministro da fazenda, Paulo
Guedes, a mando do capital financeiro internacional”. E pregou “combate ao
ultraliberalismo em crise”.
GERAL
12/03/2020 10H35