A continuar a política ultraliberal do governo Bolsonaro, as aposentadorias
e pensões poderão ter severos cortes, nos próximos anos, por falta de verba
na previdência social.
O alerta é do presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil,
montagem e manutenção industrial (Sintracomos) de Santos e região, Macaé
Marcos Braz de Oliveira.
Ele falou sobre o assunto após a eleição do departamento de aposentados do
sindicato, na sexta-feira (29). “O Brasil vai de mal a pior e os aposentados
que tratem de se mobilizar desde já”.
O raciocínio do sindicalista se baseia no fato de que o trabalho informal
está se generalizando e, dessa forma, diminuindo a arrecadação
previdenciária, necessária ao pagamento das aposentadorias e pensões.
“Temos mais de 12 milhões de desempregados e outros 4 milhões que já
desistiram de procurar emprego. Com a informalidade e as pessoas que vivem
de bicos, esse número chega a quase 50 milhões”, disse.
Macaé acredita que, “caso persista essa política econômica ditada pelo
neoliberalismo do capital financeiro internacional, teremos em breve
aposentados e pensionistas na rua do desespero”.

No Chile,
suicídios
 “Alguém duvida que, de uma hora para outra, o ministro da economia, Paulo
Guedes, apresente nova reforma da previdência, dessa vez reduzindo valores
das aposentadorias e pensões?”, perguntou.
O presidente do Sintracomos lembrou que o ministro deu aulas na universidade
do Chile, dirigida por um general, na década de 1980, a convite do governo
ditatorial de Augusto Pinochet.
“Lá ele aprendeu tudo e mais um pouco sobre desvalorizar salários e
aposentadorias, tanto que os aposentados chilenos lideram pesquisas de
suicídios no mundo”, lembrou.
Macaé pondera que o arrocho das aposentadorias e pensões prejudicaria não
apenas aposentados e pensionistas, mas também suas famílias, já que muitas
vivem dos proventos desse segmento.

Nova
diretoria
Elder Rodrigues Cordeiro é o presidente do departamento de aposentados do
sindicato. Os demais integrantes são Luiz Carlos de Andrade (vice), José
Carlos Fernandes (tesoureiro), Luiz José da Silva (secretário-geral), Manoel
Diógenes de Santana (patrimônio) e Francisco Antas Florentino (saúde).
Suplentes: Donato Matos de Santana, Josefa França dos Santos, Josefa
Angélica de Santana, Luiz Pereira do Nascimento, Lourival Gonçalves da Silva
e José Tomé de Barros.
Conselho fiscal: Mauro José da Silva. Roque Tomé de Oliveira e Luiz Cardoso
dos Santos. Suplentes: Edenivaldo Thomas dos Santos, José Irineu de Lira e
Aluízio Cordeiro Florentino.