Convênio, que envolve a Faculdade Sebrae, foi firmado com ApexBrasil, terá duração de 30 meses e vai qualificar 1,8 mil pequenos negócios de São Paulo
Sebrae-SP, Faculdade Sebrae e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) firmaram convênio para orientar as micro e pequenas empresas como exportar. O Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) terá duração de 30 meses e tem como objetivo qualificar 1.825 empresas.
O PEIEX vai oferecer atendimento técnico especializado, capacitações específicas relacionadas ao comércio exterior e recomendações técnicas e gerenciais. Serão investidos mais de R$18 milhões na parceria.
"Para o Sebrae-SP, é prioridade desenvolver ações de acesso a mercados das micro e pequenas empresas paulistas, seja na promoção da cultura exportadora, seja na ampliação das exportações pelos pequenos negócios. A parceria com a ApexBrasil potencializará essa agenda, dando suporte e abrindo novas portas para os nossos empreendedores", afirma o Diretor-Superintendente do Sebrae-SP, Nelson Hervey Costa.
"São Paulo concentra uma das maiores forças empreendedoras do país, e o Peiex é uma oportunidade concreta para capacitar pequenos negócios paulistas e conectá-los ao mercado global de forma competitiva. Queremos quebrar o mito de que exportar é algo distante para o pequeno empreendedor, mostrando que eles também podem expandir suas operações e agregar valor para o Brasil", diz o Diretor Técnico do Sebrae-SP, Marco Vinholi.
"Na Faculdade Sebrae, acreditamos no poder da educação aplicada ao desenvolvimento de negócios. Conduzir o PEIEX em São Paulo fortalece nossa missão de aplicar conhecimento na prática empresarial. Estamos prontos para oferecer aos empreendedores a estrutura e o apoio necessários para que alcancem novos mercados e elevem o patamar de seus negócios no cenário internacional", afirma o dirigente institucional da Faculdade Sebrae, Paulo Marcelo Tavares Ribeiro.
Poderão participar empresas dos setores de indústria, serviços e agronegócio. Entre os segmentos estão alimentos, bebidas, máquinas e equipamentos, casa e construção, economia criativa como moda, saúde, tecnologia da informação e comunicação.
O atendimento será presencial ou remoto, no caso de empresas localizadas a uma distância maior do que 100 quilômetros dos Núcleos Operacionais, que serão instalados nos Polos Regionais da Faculdade Sebrae e Escritórios Regionais do Sebrae-SP:
- Núcleo Operacional Faculdade Sebrae: abrange a cidade de São Paulo, Osasco, Guarulhos e Alto Tietê;
- Núcleo Operacional ABC Paulista: região do Grande ABC e Baixada Santista;
- Núcleo Operacional Campinas: região de Campinas, Jundiaí e Piracicaba;
- Núcleo Operacional São José dos Campos – região de São José dos Campos e Guaratinguetá.
Para se inscrever no PEIEX, a empresa deve entrar em contato pelo e-mail: peiex@faculdadesebrae.com.br.
Um dos maiores desafios relacionados à participação das MPEs nas exportações é o fato de muitos empreendedores não acreditarem que pequenas empresas podem exportar de forma bem-sucedida, subestimando o potencial de seus produtos. Além disso, a falta de conhecimento ou preparo e a dificuldade na identificação de mercados de destino e possíveis parceiros comerciais também são obstáculos a serem superados.
De acordo com os dados mais recentes, de levantamento divulgado no ano passado pela Secretaria de Comercio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Sebrae, as micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEIs) representaram 41,1% dos exportadores nacionais em 2022, somando 11,4 mil empresas. Já o valor exportado por essas empresas é de cerca de US$ 3,2 bilhões anuais, o que representa 0,9% do total das vendas externas brasileiras.
O relatório ainda revela que, entre os anos de 2008 e 2022, a quantidade de pequenos negócios exportadores cresceu três vezes mais do que o número de médias e grandes empresas que exportam. Enquanto as empresas médias e grandes cresceram 24,3%, de 13,3 mil para 16,5 mil, os pequenos negócios exportadores cresceram 76,2%, passando de 6,5 mil para 11,4 mil.