DIÁRIO DO PODER      FOTO DIVULGAÇÃO

Por meio de nota publicada nesta sexta (8), a Força-Tarefa Greenfield apontou equívoco e informações falsas nas afirmações do ministro Gilmar Mendes, durante a sessão de ontem (7) do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a atuação da Transparência Internacional no acordo de leniência firmado entre a J&F e o Ministério Público Federal (MPF), em 2017. E rebateu a informação de que a entidade teria gerido R$ 2,3 bilhões do acordo.

A Greenfield lamentou que o ministro tenha cometido “engano tão pueril ao difundir informações falsas e tão descabidas”. E disse esperar ainda que Gilmar Mendes possa agir com mais prudência, diligência e responsabilidade em futuras oportunidades.

“Ao contrário do afirmado pelo eminente ministro, a Transparência Internacional (TI) nunca geriu – não geriria e tampouco gerirá – os R$ 2,3 bilhões firmados no acordo de leniência a título de reparação de dano social pela J&F, ou qualquer outro valor do mencionado acordo”, diz a nota divulgada pela Procuradoria da República no Distrito Federal.


A nota ainda explica que o objetivo do memorando de entendimento entre o MPF e a entidade é priorizar o fortalecimento e a capacitação das organizações da sociedade civil e projetos com maior potencial de impacto, segundo critérios objetivos, transparentes e bem fundamentados.A Força Tarefa afirmou ainda que a atuação da Transparência Internacional tem natureza tão somente de auxílio no planejamento e na definição de estratégias de investimento dos recursos envolvidos, estudando formas de reparação à sociedade e propondo metodologias para a melhor execução de projetos sociais.

“Também diferentemente do que foi alegado pelo ministro Gilmar Mendes, a Transparência Internacional não recebeu nenhum tipo de remuneração pela assistência prestada. Pelo contrário, desde a assinatura do entendimento firmado entre todas as partes envolvidas, ficou estabelecida – bem como amplamente divulgada na imprensa – a proibição de qualquer transferência de recursos para que a instituição realizasse seu trabalho”, esclarece a Força Tarefa da Greenfield.

Ao explicar a parceria entre a Transparência Internacional e o MPF, iniciada a partir de acordo de cooperação firmado em 2014, o órgão ministerial federal ainda destacou que a entidade tem ampla experiência em relação à governança, transparência e anticorrupção, com atuação em mais de 100 países, há mais de duas décadas. E cita a experiência e conhecimento da organização sobre melhores práticas internacionais para a utilização de “recursos compensatórios” decorrentes de multas e outras penalidades para fins de investimento social, especialmente no controle e prevenção da corrupção.

E citou a divulgação massiva promovida pelo MPF sobre a atuação da Trasnparência Internacional na elaboração da metodologia de execução dos projetos sociais.

Diário do Poder solicitou a posição do ministro Gilmar Mendes à assessoria de imprensa do STF. E aguarda resposta sobre sua manifestação. (Com informações da Ascom da Procuradoria da República no Distrito Federal)