Desde o terceiro dia de intensificação do esforço para combater a crise ambiental criada em torno da preservação da Amazônia, com a Operação Verde Brasil, imagens de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) do Ministério da Defesa, registraram redução das regiões atingidas por incêndios na Amazônia Legal, já entre sábado (24) e segunda-feira (26). As informações indicaram as áreas mais críticas e foram úteis para subsidiar as equipes de campo.

Desde então, o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) avançou nos nove estados que integram a Amazônia Legal. O dispositivo autoriza o emprego de militares da Marinha, do Exército, e de Aeronáutica para atuarem em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, combate a focos de incêndio nas áreas de fronteira, terras indígenas e unidades federais de conservação ambiental.

O Comando Conjunto do Norte emprega nas ações 2,6 mil militares, 300 brigadistas e em torno de 130 viaturas nas ações nos estados do Pará, Amapá, Maranhão e parte do Tocantins. E na terça-feira (27), empreendeu capacitação em combate a incêndio Florestal em Novo Progresso (PA) e, no mesmo município, militares foram a escolas para ensinar noções de preservação ambiental a crianças. Houve ainda o deslocamento de um pelotão para região de Novo Progresso. Outra ação foi o reconhecimento aéreo na área de atuação Xingú.


Suporte tecnológico
Entre as ações desenvolvidas na quarta-feira (28) pelo Comando Conjunto da Amazônia, que atua nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, uma aeronave Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira realizou o lançamento de 12 mil litros de água na terra indígena Tenharim Marmelo, em Príncipe da Beira (RO). Em outra frente, um grupo de 18 brigadistas foi empregado, em Apuí (AM), para o combate de focos de incêndio na localidade.

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, também está empregando infraestrutura tecnológica composta por três antenas que recebem informações diretamente de oito satélites internacionais de observação ambiental e climática. Além disso, as equipes têm à disposição 30 antenas que permitem a comunicação de voz e dados por satélite.

Sobre a possibilidade de receber auxílio internacional para o combate das queimadas na Região Amazônica, o Subchefe de Operações do MD informou que Chile, Equador, Estados Unidos e Israel ofereceram apoio.

O Chile ofertou o envio de três aeronaves com capacidade de transportar três mil litros de  água, um helicóptero e equipes especializadas da Corporação Nacional Florestal; o Equador, 30 especialistas em combate a incêndios florestais; os Estados Unidos, duas aeronaves preparadas para atuar em áreas de incêndio e um avião para transporte de pessoal com capacidade de 70 pessoas; e Israel, 100 m³ de agente químico retardante de chamas para combate a queimadas.

Para receber o auxílio, uma série de tratativas de documentação ainda precisam ser cumpridas. “Estamos planejando onde vamos empregá-los e, posteriormente, colocá-los à disposição dos comandos conjunto da Amazônia e do Norte” disse o subchefe de Operações do Ministério da Defesa (MD), vice-almirante Ralph Dias da Silveira Costa. (Com informações da Ascom do Ministério da Defesa)