O prefeito de Santos e seu secretário municipal de gestão, Paulo Alexandre
Barbosa e Carlos Teixeira Filho ‘Cacá’ (PSDB), não respeitam os 12 mil
servidores e 5.600 aposentados.
Os dois são também antiéticos com o sindicato dos servidores estatutários
(Sindest). O desabafo é de seu presidente, Fábio Marcelo Pimentel, que se
diz “indignado”.
O motivo é que ambos acharam melhor anunciar pela imprensa a proposta de
reajuste salarial para data-base de fevereiro. “O decente seria comunicar o
índice primeiro ao sindicato”, reclama ele.
Para Fábio, “além do valor irrisório de 3,7%, muito abaixo da necessidade do
pessoal, a administração pública passa a informação pelo canal errado,
menosprezando o funcionalismo e o sindicato”.
“Se pelo menos o restante da proposta da prefeitura atender as demais
reivindicações da categoria, teremos o que discutir. Mas duvido”, avalia o
sindicalista.
Isso ele saberá na quarta-feira (6), quando Cacá deverá apresentar ao
sindicato, às 15 horas, no paço, a íntegra da contraproposta. Na
quinta-feira (7), às 19 horas, ela será debatida na assembleia dos
servidores.
Fábio lamenta que, apesar de a prefeitura ter recebido as reivindicações na
primeira quinzena de novembro, só na quarta-feira, passados seis dias da
data-base, apresentará sua resposta.
“A presença da categoria na assembleia é fundamental para a pressão que
faremos em seguida. Até agora, a proposta é ridícula. Temos que decidir o
que fazer diante dessa migalha”, defende o dirigente.
Oficiais
administrativos
Na sexta-feira (1), Fábio esteve com um grupo de oficiais administrativos,
um dos maiores segmentos do funcionalismo, no gabinete do presidente da
câmara, Rui de Rosis (MDB).
O sindicalista explica que na reunião, com presença também do vereador
Fabrício Cardoso (PSB), os oficiais organizaram a continuidade da luta por
melhoria no plano de carreira.
Segundo Fábio, “a campanha desses servidores tem quase dez anos e precisa de
um desfecho. Uma categoria importante como essa merece respeito. Eles estão
dispostos a lutar por isso”.
