Do G1 Santos

pedido de tombamento do atual Mercado de Peixe de Santos, no litoral de São Paulo, solicitado pela arquiteta Daniela Quintas e protocolado no dia 5 de setembro, foi arquivado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) na manhã desta quinta-feira (3). Agora, a Prefeitura poderá seguir normalmente com as obras.

Segundo informações da Administração Municipal, o Condepasa indeferiu o pedido durante reunião ordinária e o resultado da votação foi de 7 votos a 3. Pelas regras do colegiado, é vedado novo pedido de proteção do imóvel em questão.

O projeto original da Prefeitura aponta que o atual Mercado de Peixe dará lugar à uma praça para o futuro Centro de Convenções e uma possível estação do VLT. Com a decisão do Condepasa, as obras podem seguir normalmente, de acordo com o projeto, e os prazos de entrega se mantém. A previsão é que as obras do novo Mercado de Peixe e do Centro de Convenções sejam entregues em março e junho de 2020, respectivamente.

Já foram iniciadas as construções do novo Mercado de Peixe e do Centro de Convenções — Foto: Carlos Nogueira/Jornal A TribunaJá foram iniciadas as construções do novo Mercado de Peixe e do Centro de Convenções — Foto: Carlos Nogueira/Jornal A Tribuna

Já foram iniciadas as construções do novo Mercado de Peixe e do Centro de Convenções — Foto: Carlos Nogueira/Jornal A Tribuna

Na justificativa do pedido, Daniela alegou o valor histórico, arquitetônico, simbólico e afetivo do Mercado, que foi projetado pelo arquiteto Antônio Carlos Quintas e inaugurado em 1982. No processo, foi anexado um abaixo-assinado contra a demolição do Mercado, que já conta com 2 mil assinaturas.

"Acho lastimável o Condepasa recusar a abertura do processo e virar as costas para o que a nossa cidade tem de referência arquitetônica e cultural que deveria ser mantida. A maioria no Condepasa parece não representar o desejo da população. Respeito a decisão, mas discordo plenamente. Vou continuar a campanha contra a demolição do Mercado e estou buscando orientação técnica e jurídica para isso e avaliando todas as possibilidades de impedir que percamos este edifício".