A fase operacional do SuperAção SP, programa do Governo de São Paulo voltado à transformação de vidas e combate à pobreza, teve início nesta quarta-feira (1º de outubro) em Itaquaquecetuba e São Vicente. A secretária de Desenvolvimento Social do Estado, Andrezza Rosalém, esteve nos dois municípios para apresentar as equipes técnicas que atuarão localmente, formadas por agentes e supervisores.

 

“O SuperAção SP não é uma política apenas de assistência social ou de desenvolvimento social. É um programa de governo, do Estado e do município. A pobreza é multifatorial, ou seja, tem uma série de causas. Por isso, é preciso olhar para essas famílias de uma forma completa, com um olhar único”, afirmou a secretária.

 

Os agentes do SuperAção SP serão responsáveis por elaborar planos de desenvolvimento individualizados em conjunto com as famílias de Itaquaquecetuba e São Vicente, além de conectá-las aos serviços e oportunidades de emprego e renda, apoiando-as no caminho rumo à autonomia.

 

Pela manhã, a secretária Andrezza e sua equipe técnica se reuniram com a prefeito de Itaquaquecetuba, Eduardo Boigues, e o secretário de

Desenvolvimento Social do município, Gabriel Rocha, além de demais secretários municipais.

 

“A proteção social não funciona apenas para um indivíduo, mas para todos que compõem uma família. Desde a criança, que ainda não está com vaga na escola, à falta de empregabilidade, que traz problemas de renda. A vulnerabilidade não é boa para ninguém, expõe toda a família ao risco”, declarou o prefeito.

 

“O SuperAção SP é um reflexo claro da visão do governo atual, que busca cuidar das pessoas, rompendo o ciclo de vulnerabilidade e abrindo novas oportunidades para milhares de famílias em nosso estado”, completou o secretário Rocha.

 

À tarde, foi a vez do secretariado do prefeito de São Vicente, Kayo Amado, receber a equipe estadual. “São Vicente fica ao lado de uma das

cidades mais ricas do estado, que tem uma das maiores alavancas de desenvolvimento, que é o Porto de Santos. E nós de fato somos um dos municípios mais desiguais de São Paulo. Um terço da nossa população está inscrita no CadÚnico”, afirmou Amado. “Entendemos a importância do SuperAção SP e colocamos toda a nossa equipe técnica integralmente dedicada para fazer o programa dar certo aqui”, disse o prefeito ao lado do secretário de Desenvolvimento Social, Jailton Jatobá.

O atendimento dos agentes do SuperAção SP se baseia na busca ativa das famílias em situação de vulnerabilidade social inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Os profissionais vão até as famílias em suas casas, sem que elas precisem se deslocar até uma unidade de assistência social para serem atendidas. Cada agente acompanhará até 20 famílias por mês, realizando visitas semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com a necessidade de cada caso.

 

Os agentes vão elaborar o Plano de Desenvolvimento Familiar (PDF) em conjunto com a família, traçando metas, objetivos e ações para cada

integrante, com foco na inclusão produtiva, fortalecimento dos vínculos comunitários e acesso a direitos básicos.

 

Para a secretária Andrezza, o olhar próximo e individualizado dos agentes permitirá que cada família receba atenção personalizada, ajudando a romper o ciclo da pobreza em São Paulo. “O trabalho dos agentes é criar vínculos, conectar as famílias às políticas de governo e apoiá-las na construção de um caminho sólido para a autonomia”, reforça.

 

Todos os agentes passaram pela formação promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (SEDS), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Projetos) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Durante duas semanas intensivas, eles foram preparados para atuar diretamente nos territórios, onde vão acompanhar as famílias. O treinamento de 80 horas reuniu aulas teóricas e práticas sobre construção de vínculos de confiança, uso de tecnologias digitais para monitoramento e elaboração dos planos familiares.

O SuperAção SP está baseado em duas trilhas de atendimento. A primeira, de Proteção Social, é voltada a famílias com maiores dificuldades de inclusão produtiva, como dependência de cuidados, idade avançada ou situação de rua. Já a trilha de Superação da Pobreza atende famílias com perfil ativo para a inserção ao mundo do trabalho.

 

A diferença entre as duas modalidades também aparece na forma de acompanhamento: enquanto na Proteção Social o atendimento especializado é feito pelas equipes técnicas dos municípios, na trilha de Superação da Pobreza o foco está nas visitas domiciliares e no acompanhamento individualizado e personalizado realizado pelos agentes.

 

A fase atual do SuperAção SP começa nesta semana em oito cidades, que vão atender 13.395 famílias nas duas trilhas do programa, sendo 2.883 em Itaquaquecetuba e 2.042 em São Vicente. Campinas concentra o maior público, com 4.355 famílias, seguida por Itaquaquecetuba e Embu das Artes (2.038). Também participam Barueri (1.348 famílias), Paulínia (300), São Roque (255) e Cabreúva (174).

 

Já a atuação dos agentes varia conforme o porte do município. Campinas contará com 50 profissionais, seguida de Itaquaquecetuba (31), Embu

das Artes (22), Barueri (17) e São Vicente (19). Paulínia, São Roque e Cabreúva terão três agentes cada para o acompanhamento das famílias.

 

As famílias serão acompanhadas por equipes sociais durante dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Cada núcleo familiar terá um plano personalizado, que envolve auxílios financeiros, bonificações por metas cumpridas e acesso facilitado a políticas públicas nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social e geração de renda. Os incentivos variam conforme o perfil e o módulo em que a família estiver inserida (Proteger, Desenvolver ou Incluir) e podem ultrapassar R$ 10 mil ao longo de todas as etapas do programa.