Universidade que é conceito máximo no MEC ocupa a 19ª posição geral e é a primeira particular do estado mais bem posicionada; ações, eventos e oportunidades empreendedoras contribuíram nas conquistas
Sala de metodologias ativas da BSU possibilita ambiente aberto a discussões e resoluções de problemas (Foto: Ector Gervasoni)
Essencial na preparação de estudantes para enfrentarem os desafios do mundo do mercado de trabalho, o empreendedorismo promove a inovação, estimula o crescimento econômico e cria profissionais altamente capacitados e adaptáveis. Nessa premissa, a Unoeste segue firme no propósito de seus fundadores, os professores Agripino e Dona Ana que sempre priorizaram ofertar um ensino de excelência e oportunizar o ingresso no mercado de trabalho por meio de uma formação ampla e solidificada. Fato esse que se comprova pela 19ª posição da instituição, entre públicas e privadas no país e a melhor entre as particulares no estado de São Paulo, no Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE). A avaliação que resultou nesse ranqueamento foi realizada pela Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores.
A Brasil Júnior é uma organização que representa e apoia empresas juniores, que são organizações sem fins lucrativos formadas por estudantes universitários que buscam colocar em prática os conhecimentos adquiridos em suas formações, oferecendo serviços e consultorias a empresas reais. Desde 2016, ela realiza esse ranking que leva em consideração aspectos como cultura empreendedora, inovação, extensão, internacionalização, infraestrutura e capital financeiro. Mais de 100 instituições de ensino, entre institutos federais, universidades públicas e privadas, foram avaliadas e analisadas por três fontes diferentes: pesquisa com alunos, base de dados complementares e levantamento por meio dos embaixadores, que são aqueles alunos voluntários em ações de promoção da universidade.
Eixos avaliados
Para o pró-reitor Acadêmico da Unoeste, Dr. José Eduardo Creste, a universidade trabalha três pilares da educação superior: o ensino, a pesquisa e a extensão. “A Dona Ana foi precursora do empreendedorismo em Presidente Prudente, isso a gente consegue visualizar desde a chegada da Incubadora Tecnológica (Intepp) que foi um desejo dela. Ambos, Professor Agripino e Dona Ana trabalharam com empreendedorismo. Então, enquanto universidade, decidimos trabalhar com propostas pedagógicas alinhadas com o mercado de trabalho, para que seja refletido na formação dos alunos e nas ações de docentes e colaboradores”.
Sobre o capital financeiro, infraestrutura e cultura empreendedora, Dr. Creste afirma que a Unoeste sempre prezou pela excelência. “A infraestrutura é um dos quesitos avaliados e a instituição continua investindo e aperfeiçoando toda a sua estrutura física e, também, humana e tecnológica. Sou um bom exemplo quando falamos de encanto pela estrutura da Unoeste. Quando cheguei aqui não imaginei que viveria tudo que vivi em uma instituição particular. A Unoeste preza pela excelência e a infraestrutura é um dos pontos para isso, e ela continua investindo e aperfeiçoando sua estrutura física, humana e tecnológica”.
Também faz parte da cultura da Unoeste fomentar o espírito empreendedor na formação de seus alunos, nas mais variadas modalidades de ensino e áreas de formação. “Empreender é muito mais além do que abrir um comércio, uma empresa. O mundo mudou e as pessoas se perguntam se determinadas carreiras deixarão de existir. Não é que vai deixar de existir, vai ter aprimoramento de profissões. Ter uma cultura empreendedora é uma das marcas para o futuro, é essa visão que a gente quer deixar, por isso preparamos nossos alunos pra isso. Com esse tipo de cultura é possível abrir o leque, se aqui não dá certo eu consigo seguir outro caminho, é um profissional ativo, flexível, dinâmico e que está com olhos abertos para as mudanças”.
O pró-reitor Acadêmico também cita os investimentos que a universidade tem feito para ofertar o que é há de melhor em espaços, em tecnologia e ensino. “A Unoeste sempre investiu em bons projetos, temos um aporte financeiro e buscamos elaborar a cultura financeira. Quanto ao aspecto financeiro, a universidade não está olhando para crise que se instalou no país nos últimos anos. Ela continua investindo pesado no que for para atender os pilares educacionais [ensino, pesquisa e extensão]. Vamos continuar a investir”.
Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Ação Comunitária, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, a boa classificação da Unoeste no ranking é um reconhecimento externo do trabalho que é realizado pelas pró-reitorias. “Em primeiro lugar, buscamos oferecer um ensino de qualidade. Em segundo, por ser algo positivo, nos traz grande satisfação pela posição alcançada. E por fim, a responsabilidade que temos nos próximos anos em continuar trabalhando em busca de alcançarmos as primeiras posições. A Unoeste quer sempre oferecer o melhor aos estudantes”.
Dr. Adílson faz menção a extensão, internacionalização e inovação, pontos que também foram avaliados no ranqueamento. “As ações de extensão são organizadas e desenvolvidas por modalidades que seguem eixos temáticos nacionais e internacionais, como por exemplo, os ODSs - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os objetivos como erradicação da pobreza, trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis, dentre outros, visam trabalhar a prosperidade e neste ponto se vinculam às ações de empreendedorismo”.
A inovação na universidade é trabalhada desde o início da formação acadêmica. “Nos primeiros passos de nossos ingressantes nos níveis técnico, graduação e pós-graduação eles são inseridos em ações que possibilitem a inovação, por meio de suas disciplinas, projetos de iniciação científica, projetos de extensão e projetos de pesquisa. A Unoeste se destaca por produzir tecnologias que estão disponíveis tanto a sociedade quanto ao setor produtivo”, reforça ele, explicando ainda que a internacionalização é realizada por meio das parcerias com centros de referência internacionais em ciência e tecnologia, intercâmbios e doutorados realizados no exterior. “A importância da internacionalização se resume na experiência cultural e na formação avançada de nossos estudantes que depois ganham uma carreira de sucesso profissional tanto no Brasil quanto no exterior”, pontua.
Empreendedorismo no ensino
Para a diretora da Business School Unoeste (BSU), professora Nancy Okada, a cultura empreendedora dentro da universidade busca estimular o empreendedorismo em ações fomentadas para a conexão entre a teoria e a prática. “A construção da ideia inovadora ou empreendedora precisa estar conectada com a realidade e as necessidades do mercado. Além disso, muitas das ideias podem contribuir para a resolução de problemas sociais e ainda podem resultar em parcerias entre o setor produtivo e a academia, impulsionando a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos”.
Nancy salienta que a universidade propõe aos acadêmicos disciplinas de empreendedorismo e inovação com a proposta de estimular os estudantes a pensarem no empreendedorismo em algum momento do curso. A disciplina, conforme orientações da própria Pró-reitoria Acadêmica (Proacad), deve resultar em um produto ou solução de um problema prático presente no dia a dia da sociedade. “Portanto, o objetivo é que os estudantes tenham uma formação que dê o preparo necessário também para enfrentar os desafios que terão após a conclusão do curso, que pensem de forma estratégica para a resolução de seus próprios obstáculos profissionais, através da criatividade, do pensamento crítico, tornando-se um profissional mais adaptável”.
Núcleo de Empreendedorismo
Na proposta de fomentar a cultura empreendedora, recentemente a universidade assinou e publicou a portaria de criação do Núcleo de Empreendedorismo (Nemp) da Unoeste. À frente do núcleo está a professora Fernanda Bagli, que também é gerente da Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp). Ela destaca que a educação empreendedora tem uma importância cada vez mais relevante na sociedade atual. “Estamos imersos em um cenário caracterizado por mudanças rápidas, avanços tecnológicos e incertezas econômicas, demandando habilidades que vão além do conhecimento teórico tradicional. Estar no Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) é uma experiência gratificante para toda a comunidade acadêmica, pois valida o nosso compromisso com a qualidade acadêmica e em promover a inovação e o empreendedorismo”.
Para Fernanda Bagli, a classificação positiva também convalida os esforços coletivos de estudantes, professores, pesquisadores e equipe de gestão, proporcionando um sentimento de orgulho e satisfação. “Neste ano, 108 universidades participaram do processo. A Unoeste conquistou a 19ª posição e é a primeira colocada entre as universidades privadas do estado de São Paulo. É importante ressaltar que em 2021 alcançamos a 54ª colocação, ou seja, avançamos. Isso nos inspira a continuar aprimorando nossas práticas educacionais, promovendo a pesquisa e a extensão e fortalecendo nossas iniciativas empreendedoras, contribuindo de maneira significativa para a formação de profissionais qualificados. Continuamos comprometidos com nossa missão de proporcionar uma educação de alta qualidade, preparando os alunos para os desafios do mundo real e contribuindo de maneira significativa para a sociedade”.
Por fim, a gerente da Intepp explica o que é e como tem sido o trabalho do Nemp. “É um órgão de fomento à cultura empreendedora, que fornece recursos, desenvolve programas e projetos, eventos, workshops, palestras, conexões e outras atividades relacionadas para a promoção do empreendedorismo dentro do ambiente acadêmico, de modo a promover a inovação e o espírito empreendedor e o desenvolvimento de habilidades empreendedoras entre os discentes, docentes, colaboradores da instituição e, ainda, comunidade externa. Na Unoeste, o empreendedorismo é concebido não apenas como uma disciplina isolada, mas como um conjunto de comportamentos que inspiram ações transformadoras”, conclui.