O Hamas “lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, com múltiplos lançamentos de mísseis em resposta aos “ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza”, no que é o maior ataque dos últimos anos contra território israelita.
Numa mensagem divulgada este sábado, Muhammad Al-Deif, comandante militar do grupo Hamas, convocou um levante geral contra Israel.
A mensagem de Deif foi gravada, já que o líder, que sobreviveu a múltiplas tentativas de assassínio por parte de Israel, não faz aparições públicas.
“Decidimos dizer basta”, notou Deif, apelando a todos os palestinianos para confrontarem Israel. “Se tens uma arma, usa-a. Esta é a hora de a usar. Sai à rua com camiões, com carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história.”
Numa rara declaração pública, Mohammed Deif anunciou que o Hamas iniciou a operação “Tempestade Al-Aqsa” e “alvejou as posições inimigas, aeroportos e posições militares com 5.000 foguetes”.
“Hoje, o povo está a trazer de volta a revolução e a reviver a Marcha do Retorno”, disse Deif, citado pelo Times of Israel, antes de exortar “os árabes em Jerusalém e dentro de Israel, no Negev e na Galileia a atearem fogo à terra sob os pés dos ocupantes”.
A operação “Tempestade Al-Aqsa” abriu “com o lançamento de mais de 5.000 foguetes em direção ao coração de Telavive”.
Os disparos, lançados a partir de vários locais da Faixa de Gaza, começaram antes das 06h30 locais e continuaram durante quase meia hora. Elementos do Hamas terão também cruzado a fronteira e entrado em território israelita.
As forças do Hamas estão atualmente a levar a cabo ataques no terreno em sete localidades do sul de Israel: Kfar Aza, Sderot, Sufa, Nahal Oz, Magen, Be’eri e a base militar de Re’im.