A Polícia Federal (PF) instaurou quatro inquéritos para investigar o vazamento de mensagens de celular do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e de procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da PF.

As investigações estão em andamento em Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, sede das principais frentes da Lava-Jato.

Os investigadores trabalham com a hipótese de que houve uma ação orquestrada. Há a suspeita de que a invasão ao celular de Moro e de integrantes do Ministério Público Federal (MPF) tenha sido planejada.




Os investigadores estão colhendo indícios sobre a autoria, sobre quem teve acesso de forma ilegal a conversas privadas do ministro e qual o método usado pelos hackers.

No caso de Moro, já se sabe que o ministro da Justiça atendeu a uma ligação de um número igual ao dele, e que isso permitiu o acesso ilegal ao aplicativo Telegram, que ele não usava mais.

Investigadores afirmaram que os hackers clonaram o número de Moro, abriram ou reativaram a conta do ministro no Telegram e se passaram por ele. Moro desativou a linha invadida.

No mês passado, procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro e no Paraná relataram tentativas de invasões semelhantes.