O presidente nacional do MDB, Romero Jucá, frustrou a expectativa de sua decisão e encaminhou à comissão executiva nacional a tarefa de examinar a dissolução do diretório regional do partido no Distrito Federal, como pedem as duas maiores forças emedebistas locais, o governador Ibaneis Rocha e o presidente da câmara Legislativa do DF, deputado Leonardo Prudente.
Jucá, no entanto, determinou a suspensão da convenção do MDB-DF, prevista para o dia 6 de maio, destinada a reconduzir à sua presidência o ex-deputado e ex-vice-governador Tadeu Filippelli.
Ibaneis, em seu primeiro mandato eletivo, lidera um processo de renovação e transformação do MDB, distanciando o partido dos escândalos de corrupção que o caracterizaram ao longo dos anos.
Filippelli é réu na operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que investiga corrupção na obra do Estádio Nacional Mané Garrincha. Acusado de receber R$6,5 milhões em propinas, durante a obra, Filippelli chegou a ser preso. O atual governador tentou convencer Filippeli a deixar o cargo, abrindo caminho para a renovação, mas ele se recusou alegando que precisar se manter na presidência para enfrentar seu “momento difícil”, como se estivesse vivenciando um autêntico “abraço de afogados”.