Semil apresentou principais metas e estratégias para economia de baixo carbono em estande da CNI
No terceiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística participou de painel, no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na “Blue Zone”, para falar sobre os desafios em torno da transição energética, utilização do hidrogênio - produzido através de energia 100% renovável-, para implementação e fortalecimento da economia de baixo carbono, visando construir um futuro energético sustentável. Os participantes puderam discutir estratégias de como as grandes empresas e órgãos públicos podem colaborar com os pequenos negócios.
Representando a comitiva do Governo de SP, a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Maia de Barros, apresentou as principais ações que o Estado de São Paulo vem adotando como medidas mitigadoras e de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. “Não podemos deixar de falar da transição energética quando a gente fala em redução da emissão de gases efeito estufa e com isso mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Estamos comprometidos em implementar políticas públicas eficientes, com o objetivo de mapear, estimular e incentivar que as empresas desenvolvam suas agendas de carbono zero”, pontuou.
Para isso, Semil levou para a COP projetos já estruturados para a implementação do Plano de Ação Climática, no qual possui a energia como um dos eixos principais: o Portfólio Verde, que engloba diferentes iniciativas em um único documento, tornando-o mais atrativo para possíveis parcerias e investimentos privados - traz um mapeamento de cerca de 20 mil hectares de áreas disponíveis no Estado para a regeneração florestal. O Plano de Estadual de Energia 2050- PEE 2050, resultado de uma parceria da Semil com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – POLI/USP, que servirá como um indicativo de previsibilidade para o mercado, evidenciando um ambiente de negócios favorável à realização de investimentos em projetos de transição energética.
Além disso, o PEE 2050, também, será instrumento de planejamento que busca a redução das emissões de gases causadores de efeito estufa (GEE), com a ambição de alcançar emissões líquidas de carbono zero. Segundo Marisa, o plano, que está em fase de consulta pública, aborda a transição energética, tanto para o lado do consumo, quanto para a oferta. “Quando falamos em termos de oferta, observamos que as renováveis respondem por cerca de 47% no Brasil, comparado com 14% no mundo, e quando falamos de São Paulo, isso representa 58%, o que torna nosso desafio maior, pois queremos aumentar ainda mais a participação das renováveis, principalmente com a energia solar fotovoltaica, levando as estratégias para as pequenas empresas e municípios que precisam de apoio técnico”.
“O trabalho colaborativo, em que você une academia, estado e indústria na busca de soluções práticas para a resolução de problemas é essencial para o crescimento sustentável”, finalizou a subsecretária.
O painel “Ecossistemas de Inovação Aberta - Colaboração como Vetor de um Futuro Sustentável”, também contou com a participação da Diretora da Unidade de Sustentabilidade e Baixo Carbono do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Claudia Echevengua; Juliana Vasconcelos, 5d Consultoria; além de representantes do Sebrae e CNI.