Cidadãos forçados a deixar o país de origem em razão de conflitos ou perseguições e que, hoje, vivem no Brasil, poderão passar por orientação jurídica, fazer denúncias e participar de aula de defesa pessoal e de círculo restaurativo; atividades acontecem das 9h às 15h, no CIC Imigrante, na Barra Funda
O Instituto Brasileiro de Atenção e Proteção Integral a Vítimas (Pró-Vítima) vai oferecer uma série de serviços gratuitos para refugiados e migrantes nesta 3ª feira (20/6). Cidadãos forçados a deixar o país de origem em razão de conflitos ou perseguições e que vivem, hoje, no Brasil, poderão passar por orientação jurídica, fazer denúncias e participar de aula de defesa pessoal e de círculo restaurativos. O atendimento acontece das 9h às 15h, no Centro de Integração da Cidadania (CIC) - rua Barra Funda, 1.020 – Barra Funda, São Paulo-SP.
Alicerçado no tripé Trabalho, Saúde e Beleza, o mutirão foi organizado pelo Instituto Pró-Vítima em parceria com outras entidades, associações e o poder público em referência ao Dia Mundial do Refugiado (20/6). A data foi designada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em defesa dos direitos de expatriados e ao apoio da inclusão econômica e social deste público.
Nesta 3ª feira, no CIC da Barra Funda, o Pró-Vítima vai oferecer orientação jurídica, das 9h às 15h. Na oportunidade, exilados também poderão denunciar crimes. Segundo a promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos, presidente do Instituto, os casos serão acolhidos e, posteriormente, encaminhados para a Polícia e o Ministério Público (MP) para a adoção de providências.
Já das 12h às 13h, o Pró-Vítima promove um círculo restaurativo (roda de conversa) - ideal para o fomento da resiliência e a redução da ansiedade:
“Nesta atividade, o refugiado ouve as experiências de outros que também foram forçados a deixar seus países. Durante a atividade, ainda prestamos orientações, apontamos caminhos e incentivamos o empoderamento e o resgate da esperança longe de casa. A ideia é sempre a do mundo inclusivo”, reforça Celeste.
Das 10h às 11h, Débora Lima e Raquel Gallinati, do projeto “Mulheres no Tatame”, vão ministrar defesa pessoal para mulheres. Das 11h às 12h, a aula será para as crianças que estarão acompanhando os pais.
No CIC, exilados ainda terão a possibilidade de assistir a palestras, serem encaminhados para vagas de emprego e de darem entrada em documentos, incluindo a carteira de trabalho. Haverá intérprete à disposição:
“Serão trazidos até o CIC, por exemplo, vários afegãos que vivem em abrigos, assim como cidadãos de outras nacionalidades que também encontraram abrigo seguro no Brasil. É preciso incluir o refugiado e apoiá-lo no recomeço de sua vida, permitindo que contribua para os país que o acolhe, volte para casa, ou, caso a situação permita, prospere em outra nação”.
A expectativa dos organizadores do mutirão é de que na 3ª se repita o número de atendimentos realizados em 2022: próximo a 500.
A iniciativa também conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (Crai) de São Paulo, do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), do Instituto Humanitas, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR / UNHCR), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da Casa Venezuela, da Câmara do Comércio Árabe Brasileira, da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção Guarulhos, da Visão Mundial, e do Projeto Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos (Avarc), do MP.