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Sessão da Câmara que tentou votar o PL 2630, chamado pela oposição de Projeto da Censura. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, já dava sinais de impaciência no final da tarde desta terça (2) quando afirmou a esta coluna que se o projeto das fake news, que a oposição chama de Projeto da Censura, não conseguir os votos necessários para aprovação até esta quarta (3), ele não irá mais incluir a proposta na pauta enquanto ele for presidente. Lira estava desapontado com partidos condicionaram apoio à exclusão de pontos polêmicos, mas, mesmo atendidos, não garantiram seus votos.

Cenoura na vara

Lira contou que opositores como PL e bancada evangélica impuseram condições que foram atendidas, mas não honram a promessa de apoio.

Jogada esperta

O experiente presidente da Câmara concluiu que a jogada desses políticos seria cantar vitória seja qual for o resultado da votação.

Ganha-ganha

No caso de rejeição, a oposição cantaria vitória, assim como no caso de aprovação, por haver conseguido “desidratar” o texto original.

Censura calou fundo

Lira admitiu que “colou” a interpretação de que o objetivo do projeto é impor censura nas redes sociais, o que fez deputados retirarem apoio.

CEO renúncia, mas aparece como diretor em instituto das Americanas Foto: Tânia Rêgo/ABr

CEO renuncia, mas mantém elo com Americanas

O ex-diretor executivo das Americanas José Timotheo de Barros, cuja renúncia foi divulgada com estardalhaço nesta segunda-feira (1), ainda mantém laços muito próximos à empresa cambaleante, vítima de fraude que supera os R$40 bilhões. Afastado desde o escândalo que levou ao desespero milhares de funcionários, investidores e fornecedores, ele ainda ocupa cargo de direção da ONG Juntos Somos Mais Solidários, mantida com recursos da varejista que quase foi para o saco.

Grana a rodo

Só entre 2020 e 2021, o Juntos Somos Mais Solidários recebeu quase R$590 mil em produtos para ações de Páscoa e inverno.

Cabide

Anna Chiristina Ramos Saicali e Marcio Cruz Meirelles, afastados das Americanas, também são diretores no instituto.

Leão confirma

Barros, Saicali e Meirelles são identificados como diretores para a Receita Federal. A empresa, procurada, não se manifestou.