Representar o funcionalismo no sindicato dos servidores (Sindserv) e no
conselho de administração da autarquia Guarujá Previdência pode não ser
tarefa fácil, mas é prazerosa.
“Dá trabalho, porém é entusiasmante”, diz o secretário-geral do sindicato e
vice-presidente do conselho, Edler Antônio da Silva. Ele foi
secretário-geral do conselho por mais de um ano.
“Concordo plenamente”, diz o diretor do sindicato e agora secretário-geral
do conselho, Alexandre Santos de Brito. “O contentamento de aprender e
servir é gratificante”.
Eles foram empossados nesses cargos da Guarujá Previdência em 17 de julho e
já participaram da sua primeira reunião. Ambos têm longa experiência de
conselheiros na autarquia.
“No conselho, o setor que mais trabalha é a secretaria geral”, diz Edler.
“Recebe todos os documentos, elabora atas, encaminha documentação, prepara
pautas etc”.

Bom
trabalho
Ele acha que Alexandre se sairá bem na função, nos próximos dois anos: “Eu o
conheço bastante e sei que gosta de desafios”. Alexandre foi conselheiro por
seis anos.
Alexandre diz que apenas Guarujá, entre os municípios da baixada santista,
tem sindicalistas na mesa diretora do conselho administrativo das autarquias
previdenciárias.
Ele pondera que isso é bom para a representatividade sindical, em busca do
equilíbrio entre os interesses do funcionalismo, da autarquia e da
administração municipal.
“O sindicato sempre está a serviço do servidor, brigando para manter a
estabilidade entre o real e o possível, entre o proveitoso para os
servidores e o município”, diz o dirigente.
“Prezo muito a harmonia, a honestidade, a forma digna de fazer as coisas
acontecerem”, revela Alexandre. “Vamos desenvolver um bom trabalho nessa
frente”.

Transferência de
responsabilidade
Ele e Edler estimam que os representes da categoria no conselho da Guarujá
Previdência saberão lutar para que a reforma da previdência não prejudique a
categoria.
Edler já foi diretor previdenciário, conselheiro fiscal e assume a
vice-presidência no conselho de administração, como auxiliar e eventual
substituto do presidente e da secretaria do conselho.
A participação dos sindicalistas no conselho da Guarujá Previdência acaba
gerando medidas, segundo Edler, bastante vantajosas para a autarquia e,
consequentemente, aos trabalhadores.
Ele cita a lei complementar 150-2019, que altera as ‘lcs’ 135-12 e 179-15,
publicada no diário oficial de 7 de junho e que entrará em vigor após
decurso de 90 dias, com vigência a partir de 5 de setembro.
A lei transfere para a prefeitura a responsabilidade pelo pagamento das suas
licenças saúde, gestante e adotante, que eram pagas pela autarquia.

Economia de
R$ 1.200 milhão
A câmara municipal também assumirá sua responsabilidade nos afastamentos de
seus funcionários. Com isso, a autarquia economizará R$ 1 milhão e 200 mil
por mês ou R$ 14,4 milhões por ano.
Autor da minuta de lei que deu base ao projeto do prefeito Valter Suman
(PSB), Edler diz que o sindicato, a categoria, os conselheiros
administrativos e fiscais da autarquia “estão de parabéns”.
Ele enfatiza que, nos próximos dez anos, o valor economizado será de R$ 144
milhões, além da amortização do déficit atuarial em 2,27% pelos próximos 35
anos.
No pagamento de setembro, os segurados ainda receberão pela Guarujá
Previdência. Em outubro, porém, o pagamento será pela prefeitura.
O sindicalista lembra que a lei evita a adoção de medidas de contenção do
déficit atuarial como aumento da alíquota contributiva do servidor e outras
que prejudiquem a categoria.

Equacionar
dificuldades
O presidente do sindicato, Zoel Garcia Siqueira, diz que Edler, Alexandre e
os demais representantes dos trabalhadores no conselho da autarquia “vieram
para acertar”.
“São pessoas capacitadas e que foram eleitas pela categoria, no conselho e
no sindicato, em momentos distintos, justamente para disso”, diz. “Sabem
como equacionar as difíceis tarefas.”