Seis pessoas já foram detidas; Prefeitura, polícias Civil, Militar e Ambiental e Ministério Público atuam em ações diárias para coibir novos desmatamentos em 222 m² de área de Mata Atlântica

A Prefeitura de Guarujá, com o apoio das Polícias Civil, Militar e Ambiental, e também do Ministério Público, implantou operação permanente para reprimir invasões de áreas remanescentes de Mata Atlântica no Jardim Enseada. O trabalho é coordenado pela Força Tarefa da Secretaria Municipal de Defesa e Convivência Social e já resultou na detenção de seis pessoas por desrespeito à Lei de Crimes Ambientais, além da apreensão de dois adolescentes,

A operação coordenada pela Força Tarefa foi deflagrada após o recebimento de denúncia feita em meados de julho. Já na primeira checagem, no final da Rua Urupês, constatou-se o desmatamento de área remanescente de Mata Atlântica totalizando 222 metros quadrados, parte em área pública municipal e outra em terreno particular.

Policiais e guardas municipais encontraram terrenos parcialmente desmatados e aparentemente prontos para serem loteados clandestinamente, além de utensílios como facões e botas utilizadas pelos infratores, e até aterro despejado para suposta segunda etapa do crime ambiental.

Além dos dois adolescentes apreendidos, cinco pessoas foram conduzidas à Delegacia Sede de Guarujá. Todos foram liberados em seguida. Uma pessoa foi presa em flagrante, e também acabou sendo liberada após o pagamento de fiança de R$ 500,00.

De acordo com a diretora municipal da Força Tarefa, Valéria Amorim, uma das possibilidades da origem da ocorrência é a especulação imobiliária, uma vez que há importantes obras viárias planejadas para os arredores do local do desmatamento. É o caso do prolongamento da Avenida Dom Pedro, que já tem Eia-Rima – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental concluído.

“Encontramos uma área já degradada, com árvores grandes no chão. Desde então, temos feito operações diárias, inclusive à noite, com o intuito de surpreender e impedir o avanço dos desmatadores”, destaca Valéria. “Vamos seguir com esse trabalho até que seja constatada a estabilização da situação”, concluiu a diretora.