O presidente da câmara de vereadores, Rui Sérgio Gomes de Rosis (MDB),
prometeu à diretoria do sindicato dos servidores estatutários municipais de
Santos (Sindest) que se empenhará pela rejeição do projeto de lei da
prefeitura que modifica a lei da gratificação de titularidade.
O parlamentar recebeu o presidente Fábio Marcelo Pimentel e diretores do
sindicato, na tarde desta quarta-feira (19), quando disse ser contra o
projeto e que se empenhará para que seja rejeitado pelos demais 20
vereadores.
Os sindicalistas continuarão atuando na câmara, a partir de segunda-feira
(24), quando visitarão outros gabinetes parlamentares. “Fomos muito bem
recebidos pelo presidente e esperamos a mesma receptividade pelo conjunto
dos vereadores”, diz Fábio.
Segundo ele, Rui de Rosis colocou-se à disposição para acompanhar a direção
sindical nas reuniões dos próximos dias no legislativo: “Ele é apenas um
voto, mas pode conseguir vários outros pela rejeição da matéria”, prevê o
presidente do Sindest.
Fábio tem esperança que o projeto sequer seja pautado para votação. Por
enquanto, ele está em análise no departamento jurídico da câmara. Só depois
será enviado às comissões. Ou seja, não será pautado nas próximas sessões.
“Se depender da nossa vontade, nem será pautado”, diz o sindicalista.
“Porém, se pressentirmos que poderá ser aprovado, convocaremos a categoria
para protestar contra esse projeto nefasto do prefeito” (Paulo Alexandre
Barbosa, PSDB).

Nada a ver com
plano de carreiras
O projeto foi remetido ao legislativo, na sexta-feira (14), pelo
vice-prefeito Sandoval Soares (PSDB). Para Fábio, a medida atenta contra a
chamada segurança jurídica do direito adquirido. A gratificação foi criada
pelo ex-prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB, hoje no PSDB).
O sindicalista lembra que Papa atendeu reivindicações do Sindest para
implantar o beneficio concedido por qualquer título conquistado pelo
trabalhador público. Ele explica que a gratificação não tem nada a ver com o
plano de carreira.