Por Edler Antônio da Silva
Artigo liberado para publicação

A nação está de luto pelos mortos e desaparecidos de Brumadinho. Estima-se
em 400 o número de vítimas. Luto, revolta, indignação e impotência são os
sentimentos.
Em três anos, duas catástrofes ambientais de grandes proporções e muitas
vidas ceifadas, milhares afetadas, marcaram Minas Gerais. O Brasil está
mundialmente conhecido por duas cicatrizes ambientais.
A ocorrência sinistra de Mariana deveria ter ensinado ao governo a superar
as ineficiências de fiscalização. E, às empresas, de rapidamente implantar
melhores práticas de gestão.
Reincidente em crimes com barragens de mineração, o Brasil mostra não ter ou
não dar importância às técnicas preventivas. Aqui, isso não ‘vale’ nada,
mostra a Vale.
Em Mariana, os brasileiros foram embromados. Todos acreditavam que teriam
sido implantadas medidas para evitar aquele desastre horrível de novembro de
2015.
Embromados porque as soluções foram adiadas com embustes, como se a inércia
resolvesse ou fizesse milagres diante da desgraça imprevista e funesta da
mineração em solo brasileiro.
Em Brumadinho, janeiro de 2019, a dor e a perda são angustiantes. Todos
sentem, todos choram, diante das imagens pavorosas na mídia. Há grande
comoção nacional.
Mas, com escusas pelo trocadilho do título e incongruência da analogia, a
‘marinação’ de suportar esse sofrimento e situação penosa assombra
literalmente o povo brasileiro. 
O que pensar? Que venham dias melhores, de esperança, credibilidade e ações
profícuas dos governos e empresas para prevenir acidentes, preservar vidas e
biossistemas.

Edler é secretário-geral do Sindserv (sindicato dos servidores municipais)
Guarujá

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