O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, considerou a prisão, hoje (29), do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, como “extremamente triste”. Ele disse que o Rio de Janeiro vive uma “metástase” em que o crime organizado conseguiu penetrar no poder público. Pezão é o quarto governador do Rio de Janeiro a ser preso nos últimos anos. Mas quando Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos, eles já não ocupavam o cargo de governadores.

“Você não pode ter nenhum motivo de alegria por esse fato. Agora, o que eu tenho repetido, é que o Rio de Janeiro vive uma palavra dura, uma palavra que eu não gosto de repetir, mas tenho que dizer: o Rio vive uma metástase aonde o crime, de mãos dadas com a corrupção, conseguiu penetrar no poder público. E associada as milícias, ao tráfico de drogas, a questão do crime organizado, infelizmente tem levado a esse estado de coisas”, disse.

Já o presidente eleito, Jair Bolsonaro, não lamentou a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Ele optou por parabenizar a Lava Jato. Bolsonaro disse que o respaldo que ele dá ao combate à corrupção está simbolizado na nomeação do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. “O compromisso que eu tive com ele é carta branca para o combate à corrupção”.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, concede entrevista coletiva para detalhar os desdobramentos da Operação Escuridão, da Polícia Federal, que investiga o desvio de mais de R$ 70 milhões do sistema penitenciário de Roraima.
Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o Rio vive uma metástese - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Jungmann disse que a ação integrada do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal está enfrentando os “podres poderes” que levam a corrupção ao Rio de Janeiro. “Podemos dizer que, juntamente com a intervenção que lá apresenta os resultados, é possível ter esperança de derrotar esses podres poderes e resgatar a tranquilidade e sobretudo o sossego e a paz da população carioca.”

Convite

O ministro disse que até o momento não foi convidado para atuar no próximo governo, mas que está contribuindo para que a transição aconteça de forma fluida. “Não recebemos nenhum convite, mas posso dizer que aqui a transição se dá com grande fluidez, tanto a equipe da transição e o futuro ministro [da Justiça, Sergio] Moro, como a nossa equipe, estão trabalhando de mãos dadas para poder produzir o melhor resultado e para que a partida do novo governo na nossa área se dê da melhor forma possível porque é interesse do Brasil e de todos nós.Por Agência Brasil

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